Petrobras, elétricas e corte de recomendação da Usiminas agitam o radar

Noticiário começa agitado com novas medidas de esforço fiscal, que inclui elevação da Cide e do PIS/Cofins; Petrobras decide manter preços inalterados

Paula Barra

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SÃO PAULO – A terça-feira (20) inicia com o noticiário bastante agitado no mercado brasileiro, após o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciar na noite de ontem quatro medidas de esforço fiscal, que inclui o aumento da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e do PIS/Cofins sobre combustíveis. 

Diante dos anúncios, a Petrobras (PETR3; PETR4) decidiu manter inalterado os preços líquidos da gasolina e diesel. Segundo o BTG Pactual, a decisão de não mexer nos preços foi um “sinal interessante” e já representa uma mudança “material” na abordagem do governo com relação à estatal. A estimativa é que a gasolina suba cerca de 7,5% na bomba e diesel, em cerca de 6,5%.  

Elétricas
Começa a ganhar força novamente discussão no governo sobre a adoção de medidas para racionalização do uso de energia diante da piora nos níveis dos reservatórios. Segundo matéria do Valor, o assunto já teria sido levado ao Palácio do Planalto, embora não haja decisão tomada. A questão pode trazer impacto para as companhias do setor na Bolsa, como que ocorreu na véspera em meio à apagão em algumas das principais cidades do Brasil, inclusive em São Paulo. Merece atenção as ações da CPFL Energia (CPFE3), Eletropaulo (ELPL4), Copel (CPLE6), Cemig (CMIG4) e Light (LIGT3). 

Usiminas
A Usiminas (USIM3USIM5) teve sua recomendação rebaixada de overweight (desempenho acima da média) para equalweight (desempenho em linha com a média) pelo Brasil Plural. O preço-alvo das ações para 12 meses é de R$ 11,50. 

Helbor 
A Helbor (HBOR3) informou que suas vendas contratadas totalizaram R$ 362,9 milhões no quarto trimestre, diminuição de 33% na comparação com o mesmo período do ano passado. A VSO (Vendas sobre Oferta), considerando a parte Helbor, atingiu 10,1% no trimestre e 30,7% no ano. Os lançamentos atingiram R$ 319,9 milhões nos últimos três meses de 2014. 

Ex-OGX 
A OGPar (OGXP3), antiga OGX Petróleo, entrou com pedido de abandono do campo de Tubarão Azul, de um de seus dois campos, na ANP (Agência Nacional do Petróleo), segundo o jornal Folha de S. Paulo. Em outubro do ano passado a companhia já havia informado que o campo produziria óleo até “pelo menos março de 2015”. Em dezembro, Tubarão Azul foi responsável por 19% da produção da companhia, com 457,6 mil barris de petróleo. 

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HRT
A HRT (HRTP3), com sede no Rio de Janeiro, comprará fatia de 80% da Shell nos campos de Bijupirá e Salema, um empreendimento marítimo que iniciou sua produção em 2003, disseram fontes à Bloomberg.  

Desenvix
A Desenvix (DVIX3) informou ontem à noite que, até o momento, as investigações da Operação Lava Jato não afetam o curso dos seus negócios. A companhia respondeu à reportagem da Folha de S. Paulo, de novembro, que apontava que a Polícia Federal havia realizado buscas em grandes empreiteras e cumpriu 85 mandatos de prisão, incluindo de cinco executivos da Engevix. Segundo a empresa, a Engevix que está sendo investigada na operação, pertence ao grupo da Jackson e não tem qualquer vínculo com a companhia, que possui gestão independente e outros dois acionistas, Statkraft e Funcef.