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SÃO PAULO – O Ibovespa voltou a subir forte nesta quinta-feira (27), seguindo os mercados internacionais e impulsionado pela alta das ações ligadas a commodities, como Petrobras, Vale e siderúrgicas. Rumores apontam que o governo chinês quer estabilizar as quedas das ações antes do dia 3 de setembro.
O bom humor do mercado também foi puxado pelos papéis dos bancos, depois que a senadora Gleisi Hoffmann voltou atrás e aceitou que o aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) fosse de 15% para 20%, e não 23% como proposto anteriormente, e com um prazo de validade. Em meio à euforia, 9 ações do Ibovespa subiram mais de 7%, enquanto apenas 4 registraram queda.
Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta sessão:
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Petrobras, Vale e siderúrgicas
As ações das empresas ligadas a commodities dispararam hoje, em meio ao alívio do mercado com a China. Entre as maiores altas do Ibovespa, Petrobras (PETR3, R$ 10,16, +11,28%; PETR4, R$ 8,89, +9,62%), Vale (VALE3, R$ 17,69, +11,26%; VALE5, R$ 13,72, +8,63%), CSN (CSNA3, R$ 3,45, +9,87%), Usiminas (USIM5, R$ 3,06, +5,88%), Gerdau (GGBR4, R$ 5,40, +10,88%) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 3,13, +17,67%).
Hoje, o petróleo Brent, negociado em Londres e usado como referência pela Petrobras, disparava 9,48%, US$ 47,23 o barril. Já o preço do minério de ferro, cotado no porto de Qingdao, teve alta bem mais amena de 0,41%, a US$ 53,67 a tonelada.
JBS (JBSS3, R$ 14,46, +2,55%)
A JBS negou notícia de que tenha interesse na Tegel Foods, respondendo especulações que rondavam na mídia há algumas semanas. O BTG lembra que a companhia pertence a mesma empresa que vendeu a Primo, na Austrália, para a JBS, e, talvez, por isso, a notoriedade. Para os analistas, faz sentido estratégico, se confirmado posteriormente, ainda que a última declaração da diretoria da empresa tenha sido de negação. Entretanto, falando do tamanho do negócio seria pouco representativo. Os valores especulados giravam em torno de US$ 600 milhões e US$ 700 milhões, o que representaria algo entre 2,5% e 3% do valor contábil da empresa, comentaram.
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Bancos
As ações dos bancos seguiram em forte alta nesta quinta-feira depois da notícia de que a senadora Gleisi Hoffmann voltou atrás e aceitou que o aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) fosse de 15% para 20%, e não 23% como proposto por ela anteriormente, com fim em 2018. Sendo assim, em 1° de janeiro de 2019 o tributo voltaria para os atuais 15%. Segundo o BTG Pactual, entre as possibilidades aventadas na semana passada, esse era o melhor cenário. Diante disso, o impacto econômico do aumento da CSLL para os bancos grandes fica bem mais limitado, comentaram os analistas.
Na Bolsa, todos as grandes instituições subiram hoje: Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 28,34, +3,54%), Bradesco (BBDC3, R$ 27,00, +3,85%; BBDC4, R$ 24,67, +2,45%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 19,23, +3,55%) e Santander (SANB11, R$ 15,15, +2,36%). Além deles, as seguradoras também são beneficiadas pela notícia e sobem hoje: BB Seguridade (BBSE3, R$ 30,33, +2,47%), Porto Seguro (PSSA3, R$ 33,75, +2,27%) e SulAmérica (SULA11, R$ 17,48, +4,61%).
Por outro lado, a imprensa comenta hoje a possibilidade da volta da CPMF. Para o BTG Pactual, ainda é difícil estimar o impacto agora, que tende a ser generalizado, mas já adianta que a volta poderia inviabilizar ou diminuir a rentabilidade do produto “raspa contas” dos bancos – ou seja, notícia ruim caso não tenha nada que mitigue o produto. Os analistas lembraram que no fim da CPMF, em 2007, foi estimado um impacto direto positivo de 2% a 3% para os bancos.
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PDG Realty (PDGR3, R$ 0,07, -22,22%)
As ações da PDG seguiram em queda livre na Bolsa e renovaram sua mínima histórica hoje. No mês, os papéis da companhia acumulam queda de 70%. Ontem, o conselho de administração da construtora PDG Realty aprovou proposta de grupamento da totalidade das ações da companhia na proporção de 50 ações para uma ação. A proposta ainda deverá ser analisada por assembleia geral extraordinária da companhia. Não haverá modificação do capital social, que permanecerá em R$ 4,970 bilhões.
Suzano (SUZB5, R$ 16,76, -0,12%)
As ações da Suzano destoaram do restante do Ibovespa e tiveram queda em meio à baixa do dólar ofuscando o anúncio de reajuste nos preços de celulose. Ontem, a companhia informou que vai aumentar em US$ 20,00 os preços da celulose de fibra curta para todos os mercados a partir de 1º de setembro, no terceiro aumento do ano. O preço da tonelada do insumo para a América do Norte passa a US$ 920, para Europa sobe a US$ 830 e para a Ásia vai a US$ 720, informou a companhia. O aumento foi anunciado na sequência do reajuste da Fibria (FIBR3, R$ 49,20, +3,54%), também de US$ 20 por tonelada de celulose de eucalipto.
Além disso, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou na quarta-feira a nota de crédito corporativa em escala global da Suzano de “BB” para “BB+”, com perspectiva estável. Com a alta, a fabricante de papel e celulose está agora apenas um degrau abaixo de obter o chamado grau de investimento, que permite à companhia captar recursos no mercado internacional sob condições mais favoráveis.
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Lupatech (LUPA3, R$ 5,30, +17,78%)
As ações da small cap Lupatech dispararam 67% nos últimos quatro pregões. Na terça-feira, a companhia informou ter apresentado na segunda-feira seu plano de recuperação judicial, que estabelece termos e condições para a restruturação de suas dívidas e de suas subsidiárias e prevê a venda de ativos considerados não essenciais.