Petrobras derrete 10%, PDG cai 8% e entra em leilão e small cap dispara 80%

Confira os principais destaques da Bolsa nesta quarta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa opera em queda nesta quarta-feira, pressionado principalmente pela forte derrocada dos papéis da Petrobras, que sofrem após a companhia ter divulgado seu balanço do terceiro trimestre sem as baixas contábeis. Às 14h30 (horário de Brasília), o índice caía 1,49%, a 47.865 pontos, com as ações da estatal recuando 10%

Entre as maiores quedas do índice figuravam as ações PDG Realty (PDGR3), que após desabar 8% entraram em leilão na Bovespa. Os papéis da construtora vêm de forte queda na Bolsa nos últimos dias. Essa é a quinta sessão consecutiva de perdas do papel, acumulando no período desvalorização de quase 30%. Ontem, operadores comentaram que o movimento pode ser por apreensão dos dados operacionais da companhia no quarto trimestre, que deve ser divulgado em breve. 

Fora do índice, destaque para as ações da Springs (SGPS3), que chegaram a disparar 80% na Bolsa nesta quarta-feira, sem motivo. Até o momento, nenhum comunicado ao mercado ou fato relevante da empresa foi divulgado ao mercado.

Confira os principais destaques da Bolsa nesta quarta-feira:

Petrobras (PETR3, R$ 8,68, -9,96%; PETR4, R$ 9,13, -10,23%)
As ações da Petrobras desabam hoje após a companhia ter reportado seu tão esperado resultado do terceiro trimestre, mas sem a divulgação da baixa contábil. Analistas comentam que a decisão da estatal não dar baixas às perdas com corrupção foi decepcionante para o mercado, já que reconhecer o prejuízo causado pelos desvios seria o primeiro passo para começar a limpar a empresa.

O mistério dos bilhões: por que a Petrobras ainda não divulgou a baixa contábil?

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A XP Investimentos comentou que o resultado operacional da empresa foi fraco, sem publicação das baixas, aumento de custos em diversas linhas, piora nas margens da empresa, aumento da alavancagem financeiro de 4 vezes para 4,63 vezes (mensurado por dívida líquida/Ebitda). Sem expectativa de balanço auditado. Do lado positivo, a corretora ressaltou menor investimentos para 2015 e possíveis desinvestimentos. 

Vale (VALE3, R$ 18,94, -0,32%; VALE5, R$ 16,95, -0,29%)
As ações da Vale voltaram a cair, segundo para seu quinto pregão consecutivo de perdas. No período até a mínima de hoje, os papéis acumulam perdas de cerca de 14%. Os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 12,16, -0,82%), holding que detém participação na mineradora, seguem o movimento. 

Duratex (DTEX3, R$ 7,55, -1,44%)
A Duratex teve sua cobertura iniciada pelo BTG Pactual, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 8,50 por ação. Os analistas citaram que, embora a empresa tenha uma forte marca, com market share dominante, a queda da confiança do consumidor e uma deterioração das condições financeiras têm resultado em um fraco poder de preços, o que coloca em jogo as taxas da operação da companhia e, consequentemente, seus projetos.  

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Braskem (BRKM5, R$ 12,06, -1,39%)
As ações da Braskem seguem em queda livre desde que aumentou o risco de um racionamento de energia. A companhia, grande consumidora de energia, desaba 32,4% no ano. Com a derrocada, os papéis voltam aos patamares de julho de 2012.  

BM&FBovespa (BVMF3, R$ 9,68, -1,63%)
O governador fluminense Luiz Pezão (PMDB) quer quebrar o monopólio da Bovespa. Isto porque, segundo coluna do Ancelmo Gois, do jornal O Globo, ele estaria empenhado para, junto ao ministro da Fazenda e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que o Rio de Janeiro tenha de volta uma Bolsa de Valores. Segundo a publicação, o secretario Julio Bueno tem se reunido com o pessoal da bolsa mercantil de Nova York (NYMEX).

BR Malls (BRML3, R$ 16,01, -1,60%)
As ações da BR Malls caem hoje após divulgação de prévia operacional do quarto trimestre e corte de recomendação pelo Bradesco BBI, que passou de outperform (desempenho acima da média) para market perform (desempenho em linha da média). O preço-alvo também foi revisado para baixo de R$ 24,70 para R$ 20,30 por ação. Os analistas citaram que a companhia está agora mais exposta à desacaleração macroeconômica, devido à menor participação nos shoppings dominantes e elevada alavancagem. 

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Hoje, a  empresa de shopping centers divulgou que seu volume consolidado de vendas no quarto trimestre foi de R$ 7,2 bilhões e R$ 23 bilhões no ano, um crescimento de 1,3% e 4,4% na comparação anual, respectivamente. Já as vendas no segmento “mesmas lojas”, que considera lojas abertas há pelo menos 12 meses, cresceram 6,5% no trimestre, com o aluguel atingindo avanço de 7,2%. A empresa disse que a taxa de ocupação aumentou no quarto trimestre, indo para 97,4%. Ao final do ano, a companhia totalizava 48 shoppings.  

Springs (SGPS3, R$ 0,98, +60,66%)
Os papéis da small cap Springs abriram em disparada nesta sessão, atingindo em poucos minutos de pregão seu maior patamar desde o início de maio do ano passado. Na máxima do dia, os papéis chegaram a subir 78,69%. A arrancada ocorre juntamente com um forte volume financeiro movimentado com o papel, que atingia neste momento R$ 1,354 milhão, contra média diária de R$ 64,1 mil. Procurado pelo InfoMoney, o departamento de relações com investidores da empresa não foi encontrado por telefone para responder sobre o movimento. 

Linx (LINX3, R$ 48,53, -1,16%)
O BTG Pactual reiterou hoje recomendação de compra para as ações da empresa de tecnologia Linx e elevou o preço-alvo dos seus papéis para R$ 60, citando uma confortável posição de caixa que permite que a companhia mantenha intacta sua estratégia de fusões e aquisições.  

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All Ore (AORE3, R$ 0,32, -17,95%)
Depois da disparada de quase 70% na véspera, quando anunciou que deixaria seus negócios de mineração para focar em cosméticos, as ações da All Ore caem 15% hoje. Ontem, a empresa informou que seu Conselho de Administração aprovou “a descontinuação da atuação no mercado de commodities, alterando a atuação e os negócios da companhia, de modo a gerar valor para os acionistas”. Em sequência, a empresa anunciou um acordo para comprar negócios de produção e distribuição de cosméticos e produtos de beleza e as atividades de franquia operadas atualmente pela SweetHair. 

JSL (JSLG3, R$ 10,48, +0,77%)
A empresa de logística aprovou a constituição de uma nova companhia denominada Movida Participações, que consolidará as atividades de aluguel de veículos, gestão e terceirização de frotas do grupo, informou na terça-feira. A nova empresa terá mais de 35 mil veículos leves, sendo 19 mil veículos da Movida e 16 mil atualmente usados no negócio de gestão e terceirização de frotas da JSL Logística.