Petrobras conclui licitação para plataformas no Brasil e afeta outra empresa da Bolsa

A Oceanpact não fez lances, e o Bradesco BBI vê isso como positivo, pois mostra disciplina de capital

Equipe InfoMoney

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Na sexta-feira passada (27), a Petrobras (PETR3;PETR4) concluiu a rodada de licitação para 12 embarcações de suprimento às plataformas (PSVs) a serem construídos no Brasil nos próximos 3 a 4 anos.

Com base em nossas verificações de canal, as taxas diárias tiveram uma média de aproximadamente US$ 60 mil (contra as taxas atuais de mercado de US$ 50 mil) para termos que variam de 8 a 12 anos. O financiamento estará disponível no chamado AFRMM, ou Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, a custos subsidiados em dólares para 80% do investimento, com tempo de construção estimado em 3 a 4 anos.

A Oceanpact (OPCT3) não fez lances, e o Bradesco BBI vê isso como positivo, pois mostra disciplina de capital. Para os analistas do banco, essas primeiras licitações foram vencidas por empresas que têm capacidade de estaleiro e vantagem competitiva em termos de capital de giro (BRAM Chouest e Starnav foram as vencedoras, com 6 PSVs cada, a serem construídos em seus estaleiros Navship e Detroit).

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Uma próxima licitação para dez PSV/OSRVs construídos no Brasil é esperada para 31 de outubro.

“Acreditamos que a Oceanpact poderia potencialmente licitar, mas com taxas diárias significativamente maiores do que as oferecidas nesta primeira licitação, mais uma vez mostrando disciplina de capital”, avalia o BBI.

A casa espera que a Oceanpact permaneça focada em fechar bons contratos para várias embarcações de suporte a operações com veículos de operação remota (RSVs) na próxima rodada de licitações, em 11 de outubro.

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O banco projeta que as taxas diárias se aproximem dos níveis de US$ 100 mil, considerando embarcações com 2 veículos operados remotamente (ROVs), o que reduziria significativamente o risco de crescimento do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) para 2026 (R$ 850 milhões para 2026 e R$ 630 milhões para 2025).

Esta rodada, avaliam os analistas, será um evento importante para garantir o futuro de geração de fluxo de caixa ao acionista e uma potencial política de dividendos para os acionistas. O BBI tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para OPCT3, com preço-alvo de R$ 14.

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