Petrobras: CFO esclarece destino da reserva de remuneração, enquanto Prates reforça otimismo

CEO destacou que o resultado da Petrobras em 2023 foi o segundo maior da história; segundo ele, o lucro mostra que os investidores que acreditaram na atual gestão da empresa, que tomou posse no ano passado, tiveram retorno

Equipe InfoMoney

Jean Paul Prates (PT-RN). (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Jean Paul Prates (PT-RN). (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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O CEO da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, afirmou nesta sexta-feira (8) que aqueles investidores que continuam com a empresa sabem que a petroleira segue o rumo certo, em teleconferência que aconteceu no fim da manhã em paralelo à derrocada das ações com a decepção do mercado sobre a proposta relacionada a dividendos.

Prates destacou que o resultado da Petrobras em 2023 foi o segundo maior da história e que, segundo ele, o lucro mostra que os investidores que acreditaram na atual gestão da empresa, que tomou posse no ano passado, tiveram retorno. “E este é um resultado que de fato orgulha a todos os brasileiros e deve orgulhar a todos os acionistas e investidores também, porque acreditar na Petrobras, confiar na nossa gestão deu resultado”, afirmou Prates.

Ele citou que a política de distribuição de dividendos da companhia foi “aperfeiçoada”, de olho nos investimentos que a empresa fará para se posicionar durante a transição energética. No entanto, defendeu que o dinheiro em questão não será usado para investir, mas sim para garantir proventos futuros.

“Desde o início da gestão, temos falado sobre a importância de colocar a empresa na transição. É uma demanda legítima da sociedade que exige uma queda do uso de combustíveis fósseis”, falou. “Mas isso será feito de olho na coerência. Vamos gerar valor, com uma transição justa e responsável. Vamos diversificar nossas operações em negócios rentáveis de baixo carbono, sempre priorizando parcerias e sem deixar de fazer o que fazemos. E vamos fazer tudo isso mantendo o foco na disciplina de capital, sólida governança e racionalidade em todos os processos decisório”.

Em 2023, o lucro líquido da Petrobras caiu 33,8% ante o recorde registrado no ano anterior, para R$ 124,6 bilhões de reais, diante de um recuo de 18% do valor do Brent. Já o dividendo anunciado para o quarto trimestre de 2023 foi de R$ 14,2 bilhões, sem o pagamento extraordinário. A companhia afirmou ainda que o lucro remanescente do exercício, após os dividendos e formação de reservas legais e estatutária, totaliza R$ 43,9 bilhões.

O diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Caetano, reiterou que a reserva de remuneração tem como finalidade o pagamento de dividendos. “Algumas dúvidas surgiram, de se isso poderá ser usado para investimentos. Não poderá ser usado para investimentos. A finalidade desta reserva é distribuição de dividendos”, frisou Caetano.

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Ele, no entanto, defendeu que a reserva vem antes de dois anos nos quais a estatal terá de fazer maiores investimentos.

“De olho em lucro e dívida, tínhamos uma folga para pagamento de dividendos extraordinários, de acordo com a conta que os analistas fizeram. Mas o conselho optou pela reserva, que será usada em anos que trazem investimentos expressivos, como 2024 e 2025”, fala o CFO. “Mas o futuro é desafiador. Queremos continuar dando lucro pelos próximos 100 anos. Fora isso, somos uma empresa mundial”.

Ele defendeu, fora isso, não faz sentido, olhando os ativos que a Petrobras tem, pagar um dividendo tão maior do que as outras majors.

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Transição energética

Prates reiterou ainda que a empresa trabalha para avançar na transição energética de forma gradual, investindo na exploração e produção de petróleo e gás, segmento no qual a companhia obtém os maiores retornos, além de buscar integração com atividades de downstream.

Prates destacou que a gestão atual implementou mudanças que aumentaram a competitividade da companhia, que conquistou mercados, e trouxe mais flexibilidade ao processo decisório e mais estabilidade para os consumidores e em sua política de dividendos, “aperfeiçoada para considerar maiores investimentos e a absoluta necessidade de manter a nossa saúde financeira”.

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(com Reuters)