Petrobras capta US$ 3 bilhões no exterior; 5 recomendações e mais 6 notícias no radar

Confira os destaques no noticiário corporativo desta sexta-feira (8)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Enquanto o mercado mundial fica de olho nos dados de emprego dos EUA, o noticiário corporativo brasileiro é bastante movimentado nesta sexta-feira (8), com destaque para revisões e início de cobertura de ações. Confira os destaques deste pregão:  

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras confirmou a emissão de US$ 3 bilhões com a reabertura de bônus 2021, com cupom de 8,375% ao ano (a.a.), e 2026, com cupom de 8,750% a.a.. No bônus 2021, o volume emitido foi de US$ 1,750 bilhão, com rendimento ao investidor de 7,750% a.a., ao preço de emissão de 101,971% do montante principal, mais juros capitalizados a partir de 23 de maio de 2016.

Já na reabertura dos títulos com vencimento em 2026, o volume emitido foi de US$ 1,250 bilhão, com rendimento ao investidor de 8,750% a.a., e preço de emissão de 99,981% do montante principal, mais juros capitalizados a partir de 23 de maio de 2016.

Segundo o comunicado da Petrobras enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os títulos adicionais de 2021 serão consolidados com os US$ 5 bilhões emitidos em 23 de maio de 2016, formando uma série única, assim como os títulos adicionais de 2026 serão consolidados com o US$ 1,75 bilhão emitido em 23 de maio de 2016, também formando uma série única. A oferta foi registrada na Securities and Exchange Comission (SEC) e a conclusão da operação está prevista para 13 de julho de 2016.

“A PGF (Petrobras Global Finance) pretende usar os recursos líquidos da venda desses títulos para recomprar outros títulos, desde que entregues de maneira válida, de acordo com determinada ordem de prioridade previamente anunciada e o restante desses recursos para propósitos corporativos em geral”, informou a Petrobras, no comunicado, no qual também foi acrescentado que o limite de recompra foi elevado de US$ 2 bilhões para US$ 3 bilhões.

As instituições subscritoras e bookrunners da oferta são o BB Securities Ltd, JPMorgan Securities LLC, Merrill Lynch, Pierce, Fenner & Smith Incorporated e Santander Investment Securities Inc. A Global Bondholder Services Corporation atua como agente depositária e de informações.

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Além disso, a Prosafe assina emenda de contrato com Petrobras. A emenda do contrato prevê substituição da plataforma semissubmersível Safer Eurus por Safe Notos e o contrato original, que previa duração de 3 anos, será prorrogado por mais 222 dias, segundo comunicado da empresa norueguesa. O valor do contrato estendido passa a ser de aproximadamente US$ 189 milhões. Como parte do acordo, a Petrobras acertou redução da taxa diária do Safe Concordia em cerca de 14% a partir do segundo trimestre de 2016. A estatal recebeu ainda opção para encerrar contrato do Safe Concordia no momento de início do Safe Notos, previsto para o primeiro trimestre de 2017.

O contrato original do Safe Eurus tinha valor total de cerca de US$ 164 milhões, segundo comunicado de 14 de agosto de 2015.

Oi (OIBR4)
O Societé Mondiale Fundo de Investimento em Ações quer convocar uma assembleia geral extraordinária num prazo de oito dias para destituir o conselho de administração e discutir a situação financeira da empresa e o seu futuro. O fundo tem uma participação de 6,64% do capital da companhia onde a Pharol é a maior acionista, com 27,5% de participação, participação essa gerida pela Bridge Administradora de Recursos.

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O objetivo, segundo o comunicado divulgado pela Oi ao mercado, é “discutir e avaliar a atual situação econômico-financeira da Companhia, bem como os desafios a serem enfrentados daqui em diante, contemplando eventuais sugestões dos acionistas, a serem consideradas pelos administradores da Companhia, no processo de soerguimento econômico-financeiro ora em curso”.

O fundo Societé Mondiale quer também destituir os membros portugueses do conselho de administração, que conta com vários administradores que representam a Pharol na sua composição, nomeadamente Rafael Mora, que representava a RS Holding na estrutura acionista da ex-Portugal Telecom; Palha da Silva, presidente da Pharol, e ainda João Manuel Pisco de Castro, André Navarro e Morais Leitão assim como todos os suplementes, que incluem Nuno Vasconcellos.

Minerva (BEEF3)
O Bradesco BBI elevou sua recomendação para as ações da Minerva de neutra para outperform, com preço-alvo de R$ 13,00. Por outro lado, o JPMorgan fez o caminho contrário e cortou a companhia de outperform para neutra.

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O Bradesco BBI destacou que, apesar do real forte, as exportações de carne continuam positivas. A alavancagem da companhia caiu o menor nível em quase dez anos e a expectativa é de que a relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 2,5 vezes. Segundo o analista do Bradesco BBI, Gabriel Lima, após um ciclo ruim para o gado nos últimos três anos, Minerva se beneficiará agora de um ciclo mais positivo que começa em 2017. 

Smiles (SMLE3) e Multiplus (MPLU3)
O BTG Pactual iniciou a cobertura para as ações da Smiles, empresa de programa de fidelidade controlada pela Gol (GOLL4), com recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 56,00. A Multiplus também tem recomendação de compra, com um preço-alvo de R$ 40. “Nós preferimos a Smiles devido ao seu potencial superior de crescimento e margem, além de condições mais vantajosas em acordos com a companhia aérea. O cenário-base do BTG assume que não haverá interrupção nas operações da Gol”, destacam os analistas.  

Cemig (CMIG4)
A Cemig teve a recomendação elevada para market perform (desempenho em linha com a média do mercado) pelo Itaú BBA. 

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Brasil Pharma (BPHA3)
A CVM acata pedido de prorrogação de prazo formulado pelo ex-presidente da Brasil Pharma José Ricardo Mendes da Silva e fixa data de defesa para 08 de agosto de 2016 em processo administrativo sancionador, segundo despacho publicado no Diário Oficial.

O processo apura responsabilidade do executivo por descumprimento obrigação da cia. de comunicar à bolsa e divulgar pela imprensa qualquer deliberação de assembleia ou dos órgãos de administração, ou fato relevante ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores. José Ricardo Mendes da Silva renunciou ao cargo de presidente da Brasil Pharma, segundo comunicado ao mercado em 25 de março de 2015.

 Suzano (SUZB5)
A Suzano emite US$ 500 milhões em green bonds com cupom de 5,75%. A companhia “lançou e precificou” no mercado internacional, por meio de Bahia Sul Holdings GmbH, oferta de Senior Notes com prazo de 10 anos, segundo comunicado. Os títulos terão cupom de 5,75% ao ano. 

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“Os notes constituirão obrigações sênior e contarão com garantia integral da Suzano Papel e Celulose e cumprem com os Green Bond Principles editados pela Associação Internacional de Mercado de Capitais (International Capital Market Association)”, afirmou. 

A “Suzano pretende utilizar os recursos obtidos com a oferta das Notes para investimentos em projetos sustentáveis nas áreas de gestão florestal, restauração de florestas nativas, manutenção ou desenvolvimento de áreas de preservação ambiental, gestão do uso da água, eficiência energética, energia renovável, redução de gases de efeito estufa, bem como no pagamento de taxas relacionadas à emissão”, afirmou. 

Valid (VLID3
A Valid emitiu R$ 199,6 milhões em debêntures a 114,8% do CDI. A oferta é restrita, segundo comunicado. As debêntures com vencimento em junho de 2019. Os recursos líquidos “serão destinados a recompor o caixa da Companhia, bem como para fins corporativos gerais”.

Copasa (CSMG3)
O conselho da Copasa aprovou a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 140 milhões. Os bancos coordenadores da emissão serão o Itaú BBA e o Santander Brasil. Segundo comunicado da companhia, a remuneração será de CDI + 3% ao ano pelo prazo de 4 anos.

“Os recursos a serem captados por meio dessa 10ª emissão serão destinados a investimentos e/ou indenizações de ativos para renovação das concessões e/ou compromissos vencidos de concessões e/ou à aquisição de máquinas e equipamentos”, disse a empresa em nota.

Energisa (ENGI3
A Energisa estima vender 6,5 milhões de units entre R$ 16 e R$ 20 em oferta.

(Com Bloomberg) 


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.