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SÃO PAULO – Os números das reservas provadas de petróleo da Petrobras em 2009 apresentaram resultados opostos, dependendo do critério de análise adotado.
Tomando-se o SPE (Society of Petroleum Engineers), as reservas provadas da companhia recuaram 1,5%, enquanto que, em contrapartida, adotando-se o método da SEC (Securities and Exchange Commission), houve um aumento de 9%.
Visões neutras
Frente à divulgação dos números, o Citigroup demonstra uma visão “neutra” sobre o impactos para a petrolífera, à medida que “as mudanças na reservas provadas no critério SPE e SEC não estão relacionadas à produção ou novas descoberta, mas a eventos não recorrentes”.
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“Na opinião de nossos analistas, não há impacto relevante para a Petrobras”, afirma o Bradesco, cuja postura vem em linha com a do Citi. “É importante lembrar que os valores do pré-sal não estão incluídos nesses números, pois a empresa não declarou a disponibilidade comercial”, lembra o banco.
Resultados
Pelo critério SPE, no último ano o total de petróleo provado e de reservas de gás contraiu 1,5% para 14,865 bilhões de boe (barris de óleo equivalente), ante 15,08 bilhões em 2008. O índice de reposição de reservas foi de 75% e a relação R/P (reserva/produção) ficou em 17 anos.
A principal razão para a contração se deve às reservas internacionais, com a exclusão das reservas bolivianas, país no qual a nova legislação não permite que empresas estrangeiras contabilizem e registrem as reservas de petróleo e gás natural.
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Já no critério SEC, a elevação nas reservas chegou a 9%, com 12.143 milhões de boe e índice de reposição da faixa dos 209%. A relação R/P foi de 14 anos. O aumento foi resultado da inclusão de 182 milhões de boe proveniente do pré-sal no Espírito Santo.
Recomendações
Para os papéis da companhia, o Bradesco estipula um preço-alvo de R$ 41,10 para o fim do ano, o que representa um upside (potencial de valorização) que chega a 15,22% frente à cotação do último fechamento. Ademais, os analistas recomendam “performance de mercado” às ações.
Por sua vez, o Citi recomenda compra aos papéis, estabelecendo um preço-alvo de R$ 56,00 por ação.