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SÃO PAULO – Além dos indicadores econômicos, o mercado volta-se mais uma vez para os resultados corporativos do quarto trimestre a serem divulgados pelas empresas nesta quarta-feira (27) – 19 companhias apresentarão seus balanços nesta data.
Também ganha destaque a Petrobras (PETR3; PETR4), que lançou um leilão em seus campos de petróleo na Nigéria, em uma venda que pode alcançar US$ 5 bilhões, em meio aos planos da companhia de levantar recursos para seu plano de investimentos, disseram fontes próximas ao assunto à agência de notícias Reuters. Companhias petrolíferas da Ásia devem participar do leilão.
Segundo as fontes, a companhia contratou a Standard Chartered para promover o processo, que deve iniciar nos próximos dois meses. Nenhuma companhia, entretanto, comentou sobre o assunto.
Abrace sugere que CPFL inflou base de ativos
Além disso, a Abrace, a associação dos grandes consumidores industriais de energia, contestou os números da CPFL Energia (CPFE3), sugerindo que ela tenha inflado o valor de seus investimentos considerado para a definição das contas de luz.
A revisão da base de ativos da empresa pode repetir o que aconteceu com a distribuidora de energia mineira Cemig (CMIG4) no início da semana passada, que pegou o mercado de surpresa e provocou um tombo de 13,95% em suas ações naquele pregão.
Os valores definidos para a revisão tarifária da CPFL dos próximos quatro anos serão fixados no início de abril. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) propôs um aumento médio de 4,53% das tarifas, de forma preliminar.
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Prejuízo da OGX cresce 130% no trimestre
Já na temporada de balanços, chama atenção os números da OGX Petróleo (OGXP3), que foram divulgados na noite da véspera. A empresa do Grupo EBX, de Eike Batista, registrou prejuízo de R$ 1,17 bilhão, representando crescimento de 130,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Este foi o primeiro ano que a companhia produziu petróleo. A receita da OGX foi de R$ 325 milhões no ano passado, sendo que R$ 175 milhões foram registrados somente no último trimestre.
Endividamento da Eletropaulo deve atingir até 3,75 vezes no 2o tri
Os debenturistas da Eletropaulo (ELPL4) aprovaram em assembleia na última terça-feira a alteração dos limites de endividamento que a empresa deverá ter para que não haja a execução antecipada da dívida.
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A divída líquida financeira sobre Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) da companhia não deverá ser superior a 5,5 vezes no primeiro trimestre de 2013, a 3,75 vezes no segundo trimestre e a 3,5 vezes a partir do terceiro trimestre de 2013.
A empresa já tinha superado o limite de endividamento que estava estabelecido com os debenturistas no quarto trimestre de 2012, ao fechar o ano com uma relação de dívida líquida sobre Ebitda de 4,8 vezes, quando o limite era de 3,5 vezes.
LLX registra perdas de R$ 15,6 mi em 2012
Dando término aos balanços trimestrais do Grupo EBX, a LLX Logística (LLXL3) registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 15,639 milhões entre os meses de outubro e dezembro do ano passado, o que representa queda de 26,4%, ante prejuízo de R$ 21,257 milhões verificado no mesmo período de 2011.
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Em todo ano de 2012, a companhia apresentou prejuízo líquido de R$ 36,580 milhões, ou 30,8% menor do que os R$ 52,877 milhões de 2011.
Embraer inaugura instalações nos EUA
Por sua vez, a fabricante brasileira de aviões Embraer (EMBR3) inaugurou ontem as instalações em Jacksonville, na Flórida, onde vai montar os aviões para a Força Aérea dos Estados Unidos.
Serão 20 aeronaves A-29 Super Tucano e dispositivos de treinamento em solo, treinamento de pilotos e de manutenção e apoio logístico, num negócio avaliado em US$ 427,5 milhões. A primeira entrega está programada para meados de 2014.
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Plano de recuperação judicial da Agrenco sairá em 30 dias
A Agrenco (AGEN11) informou ao mercado a anulação da decisão da primeira instância de um novo plano de recuperação judicial sem que este tivesse a anuência das suas subsidiárias brasileiras e concedeu um novo prazo de mais 30 dias à empresa.
Em comunicado, a companhia frisa que a atual administração já estava empenhada neste sentido, com isso, apresentará no prazo determinado um novo plano de recuperação que atenda aos interesses de todos os acionistas, credores e erário público.
Suzano oficializa cancelamento de Stand by Facility com BTG
A Suzano (SUZB5) confirma o cancelamento da linha de crédito de R$ 2 bilhões, mantida no formato Stand bt Facility junto ao Banco BTG Pactual.
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Em comunicado, a empresa explica que a decisão é fruto da atual robustez de caixa, proveniente do pacote de blindagem financeira, anunciada em julho de 2012, que possibilitou um significativo horizonte de liquidez.
Dentro deste pacote inclui-se também o financiamento para o projeto Maranhão no montante total de R$ 3,5 bilhões. E com essas medidas, a empresa garante todos os investimentos previstos em relação à Unidade Imperatriz sem que haja necessidade de refinanciamento ou novas captações.