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PETR4: Petrobras bate máxima histórica; entenda até onde a ação pode chegar, com base na análise técnica

Descontados os pagamentos de proventos, ação fechou em sua máxima histórica e segue em tendência de alta

Rodrigo Petry

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As ações da Petrobras (PETR4) acumulam valorização de 77% em 2023, tendo ganhado novo impulso com a disparada do preço do barril do petróleo no mercado internacional, com o início do conflito entre Israel e o Hamas.

Depois de buscar a máxima na véspera, quando saltou 4,3%, as ações da Petrobras (PETR4) renovaram seus ganhos, nesta terça-feira (10), fechando com alta de 0,74%, indo aos R$ 35,21.

Entretanto, ao longo do pregão, na máxima do dia, PETR4 bateu nos R$ 35,34 – marcando a nova máxima histórica do papel, após ajustes com proventos, grupamentos, desdobramentos, subscrições, entre outros.

A seguir, veja quais são as perspectivas para o papel, com base na análise técnica; confira.

PETR4: Análise técnica

Conforme Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos, analisando o gráfico diário de Petrobras, que segue abaixo, é possível observar que o papel fez fundo, em julho, na casa dos R$ 26,97. E, desde então, a ação vem subindo em zigue-zague de topos e fundos ascendentes, em um movimento de tendência de alta.

Em meio a isso, no dia 4 de outubro, a ação teve uma queda bem relevante, chegando a testar o patamar de R$ 32,39; no dia seguinte, perdeu esse fundo, mas depois voltou a subir.

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Cohen pontua que, após perder o canal de alta (semana passada), na sessão de ontem (dia 9), a ação não só retornou a ele, como fez “topo histórico”; ou seja, o preço mais caro que Petrobras já teve na história, nos R$ 35.

“Em resumo, pelo gráfico diário, a Petrobras está em tendência de alta e distante da média móvel de 200 períodos, que é um divisor de águas à tendência de alta ou de baixa. O ideal é que não fique tão distante assim porque parece que a ação está muito esticada, sobrecomprada”, avalia, acrescentando que, no momento, a ação “não mostra indicativos de que vai começar a cair”.

“A Petrobras está em tendência de alta bem forte e agora, em virtude da guerra e com o petróleo lá em cima, minha expectativa é de que o papel possa bater em pelo menos nos R$ 37,50 a R$ 38,00, nos próximos dias, caso o petróleo siga subindo. Estamos falando em um upside em torno de 8,5%”, complementa Cohen.

PETR4: gráfico diário, de julho a outubro de 2023

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PETR4; análise técnica; análise gráfica; swing trade; Petrobras
Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Cohen

PETR4: médio prazo

Indo para o gráfico semanal, a Petrobras também está “bem distante” da média móvel de 200, ou seja, “em algum momento vai acabar voltando, para poder ganhar mais força e mais tração para poder subir.”

De qualquer forma, acrescenta ele, no candle 40 [veja no gráfico abaixo] da semana passada, é possível notar a ação perdendo essa sequência de alta, que vinha desde julho.

No entanto, mesmo assim, fechou “fazendo um martelo – que é um pavio inferior grande, com uma sombra inferior grande no candle 40″. E, ontem (dia 9), “praticamente rompeu esse martelo, na casa de R$ 34,77.”

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Dito isso, Cohen avalia haver um upside bem interessante da Petrobras que, possivelmente, pode bater em R$ 38 – ou seja, uma possível valorização em torno de 8,5% a 9%.

PETR4; análise técnica; análise gráfica; swing trade; Petrobras
Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Cohen

Petrobras: Suporte

Enquanto isso, ainda ao se analisar tanto o gráfico diário quanto no semanal, caso a ação da Petrobras se desvalorize, poderá testar as mínimas dos candles anteriores – na região de preços de R$ 32,29, aponta Cohen.

“Isso é exatamente onde está traçada essa linha horizontal rosa [no gráfico acima], que é uma linha de suporte – ou seja, o último fundo para que a Petrobras não reverta essa tendência de alta”, destaca.

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Nesse sentido, para perder a tendência, acrescenta o analista, a Petrobras precisaria recuar abaixo da mínima desse último candle, ficando na casa dos R$ 32,27.

“Em torno disso, aí a Petrobras reverte para baixo. Mas até lá, a Petrobras está em tendência de alta bem forte”, completa.

PETR4: Swing trade

Por fim, o analista da XP, Gilberto Coelho, coloca as ações da Petrobras, inclusive, dentro das oportunidades de swing trade, para esta terça-feira (10), com gatilho em R$ 35,01 e alvo em R$ 39,69, gerando um ganho potencial de 13,37%.

“PETR4 fechou (segunda, dia 9) superando topo nos R$ 34,77, com grande volume negociado, sugerindo novas altas”, destaca. Por outro lado, para swing trade, o stop loss está em R$ 33,49, com perda potencial de 4,34%.

PETR4; análise técnica; análise gráfica; swing trade; Petrobras
Fonte: Relatório XP

Em termos de tendência, conforme relatório da XP, PETR4 está em alta no curto prazo, sendo que, acima de 35,08, projetaria R$ 36,80 a 39,59.

Ademais, a ação tem suporte em R$ 34,10 e 33,23. “O padrão de volume favorece a alta”, conclui o documento.

Ações da Petrobras na máxima histórica

O consultor de dados de mercado, Einar Rivero, a pedido do InfoMoney, montou o gráfico histórico das ações da Petrobras (PETR4), ajustados por proventos distribuídos pela empresa, tais como dividendos, JCPs, agrupamentos, desdobramentos, subscrições, entre outros. Confira abaixo:

PETR4; Petrobras maxima historica
Fonte: B3. Elaboração: Einar Rivero

Rodrigo Petry

Coordenador de Projetos Editoriais. Atuou como editor de mercados e investimentos no InfoMoney, liderando o Ao Vivo da Bolsa e o IM Trader. Antes, foi editor-chefe do portal euqueroinvestir, repórter do Broadcast (Grupo Estado) e revista Capital Aberto. Também foi Gestor de Relações com a Mídia do ex-Grupo Máquina e assessor parlamentar.