Petistas querem barrar projeto do pré-sal; possível fim de concessão a teles e mais 7 no radar

Cetip deve aceitar oferta da BM&FBovespa, resultado da Marcopolo e mais notícias no radar

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Após a forte alta do Ibovespa ontem, o mercado fica de olho no noticiário coporativo desta terça-feira, que segue movimentado. Veja os destaques de hoje:

Petrobras
Segundo informações do Valor Econômico, a Petrobras (PETR3;PETR4) planeja desativar sondas de perfuração terrestres em pelo menos seis Estados. O desligamento dos equipamentos, que fazem parte da atividade de exploração no Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, está previsto no corte de US$ 32 bilhões no plano de negócios 2015-2019 da estatal – que está agora em US$ 98,4 bilhões.

Vale destacar que a bancada do PT no Senado se reuniu na noite de ontem (22) com o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, para se preparar para a votação, marcada para hoje (23), do projeto de lei que retira a participação obrigatória da estatal na exploração dos campos do pré-sal.

Os petistas são contrários à proposta do senador José Serra (PSDB-SP) e preparam a argumentação para tentar derrubar a matéria no plenário.

Segundo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a primeira estratégia da bancada será apresentar um requerimento propondo a retirada da urgência do projeto e que ele retorne para debate nas comissões. No entanto, diante das declarações do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de que o projeto está “maduro para ser votado”, os petistas se preparam para tentar rejeitar a matéria.

BTG Pactual
BTG Pactual (BBTG11) pretende manter até 30% do banco que vai combinar o BSI com EFG International após conclusão do negócio, segundo Pedro Bueno da Rocha Lima, diretor de relações com investidores do BTG, em entrevista à Bloomberg.  Do total previsto, o banco espera obter US$ 1 bilhão em dinheiro, disse ele. BTG espera que preço final da transação, “sujeito a certos ajustes que incluem os lucros esperados do BSI até a conclusão da transação”, será entre 1,5 bilhão de francos suíços e 1,6 bi de francos suíços (US$ 1,6 bilhão).

Continua depois da publicidade

Vale ressaltar que, ontem, as units do banco subiram 12,43%, a R$ 18,09, após a Bloomberg noticiar que o banco estuda fechar o capital.

Cetip
A Cetip (CTIP3) deve aceitar nova oferta da BM&FBovespa (BVMF3), de acordo com informações do Valor Econômico. A nova oferta, apesar da elevação pequena de valor traz um aumento da quantia a ser paga em dinheiro, o que é vantajoso para os acionistas. Outro aspecto que pesa a favor da aceitação é a deterioração dos cenários econômico e de negócios para as empresas desde a recusa da primeira oferta, em novembro. Por outro lado, aumenta o monopólio da bolsa no Brasil, o que tende a não ser uma boa notícia para quem atua no setor. 

CSN
A CSN (CSNA3) pretende tomar medidas necessárias para cumprir com exigência da NYSE para o preço de ADS, informou a companhia siderúrgica.

Continua depois da publicidade

Oi, TIM e Vivo
Em dois meses, o governo federal permitirá às operadoras de telefonia fixa realizarem todo tipo de serviço com uma autorização simples, não sendo mais considerado como um serviço público — o mesmo já acontece com telefonia móvel e internet. Segundo  a Folha de S. Paulo, a tendência é que os preços fiquem mais competitivos e os consumidores deixem de pagar a tarifa básica de assinatura nas linhas fixas. A proposta está sendo elaborada pelos ministérios das Comunicações e da Fazenda em conjunto com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Atualmente, são concessionárias a Oi (em praticamente todo o território nacional com exceção de São Paulo), a Telefônica/Vivo (em São Paulo), a Sercomtel (em alguns municípios do Paraná) e a CTBC/Algar Telecom (que opera principalmente na região do Triângulo Mineiro).

Lupatech
A Lupatech (LUPA3) informou em comunicado ao mercado que o seu diretor presidente e diretor de Relações com Investidores, Ricardo Doebeli, bem como o consultor da Companhia, Rafael Gorenstein, iniciaram tratativas com credores da companhia com a intenção de adquirir créditos detidos por tais credores, os quais estão sujeitos ao plano de recuperação judicial do Grupo Lupatech, conforme facultado pela Cláusula 10.6 do Plano de Recuperação Judicial.

“Cabe esclarecer que até o presente momento, não há qualquer documento vinculativo assinado entre os Ricardo Doebeli e Rafael Gorenstein com os potenciais cessionários e que a concretização de tais cessões de crédito dependerá do atendimento de diversas condições relacionadas à estrutura da transação, incluindo o seu financiamento, e da possibilidade de posterior conversão de tais créditos em capital da Companhia, nos termos aprovados no Plano de Recuperação Judicial”, afirma.

Continua depois da publicidade

Vale
O Cade decidiu que não há necessidade de avaliar mérito da operação pela qual Vale (VALE3;VALE5)  propõe assumir 50% da JFE Steel em sociedade Minas da Serra Geral. Como consequência, o Cade decidiu pelo arquivamento do processo.

A Vale informou que foi citada na ação da Samarco e que vai adotar todas as medidas para assegurar o direito de defesa. 

As ações da mineradora subiram 11% ontem, em meio à forte alta do minério de ferro na véspera. Porém, o BTG Pactual destaca que o movimento do minério – alta de 34% desde dezembro – é de curto prazo. “Acreditamos que estruturalmente o fundamento do minério de ferro continua fraco”, avaliam os analistas do banco, ressaltando nova oferta e demanda contraindo. 

Continua depois da publicidade

Marcopolo
A Marcopolo (POMO4) registrou um lucro líquido de R$ 9,9 milhões no quarto trimestre, com queda de 84% na base de comparação anual, e um Ebitda de R$ 47 milhões. Já a receita líquida somou R$ 787,4 milhões, queda de 16%. 

A companhia ainda destacou que, em janeiro, adotou férias seletivas na unidade Ana
Rech, em Caxias do Sul, mantendo operativa somente a linha de produção de veículos urbanos.  Na Marcopolo Rio, situada em Duque de Caxias/RJ, a suspensão temporária dos contratos de trabalho para qualificação profissional lay-off, aprovada pelos
colaboradores em novembro de 2015 foi implementada a partir de janeiro por até 5 meses.

Tempo 
A Tempo Participações (TEMP3) informou que a CVM concedeu o registro para a oferta de fechamento de capital. A versão final do Edital será publicada até o dia 03 de março de 2016 e a data do leilão da Oferta será oportunamente divulgada.

Continua depois da publicidade

(Com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)

Leia também:

InfoMoney atualiza Carteira para fevereiro; confira

André Moraes diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.