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SÃO PAULO – Após dias bem movimentados com a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a prisão em segunda instância, além do anúncio de reformas econômicas pelo governo e os leilões do pré-sal, a próxima semana promete ser de maior tranquilidade para os investidores.
Contudo, haverá importantes eventos a serem monitorados, em uma semana mais curta para o Ibovespa por conta do feriado da Proclamação da República na sexta-feira (15).
Atenção principalmente para os eventos externos, com destaque para os desdobramentos nas conversas entre Estados Unidos e China, que tiveram uma reversão do otimismo após Donald Trump não concordar com a reversão total da alta das tarifas.
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A agenda econômica dos EUA contará com os dados de inflação ao consumidor na próxima quarta-feira (13), às 10h30 (horário de Brasília), números estes que serão importantes ainda mais por conta do pronunciamento de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, pouco depois, às 12h. Na quinta-feira, ele voltará a falar, no mesmo horário.
Além de Powell, Eric Rosengren (Boston, segunda às 10h15), Patrick Harker (Filadélfia, às 14h55 de terça) e Neel Kashkari (Mineapólis, às 20h de terça) discursarão durante a semana.
Caso os dados de inflação mostrem uma alta dos preços além do esperado (a expectativa é de um avanço de 0,3% na comparação mensal, segundo mediana da Bloomberg), pode ganhar força o discurso mais cauteloso do chairman da autoridade monetária, o que poderá pressionar ainda mais o câmbio após o dólar chegar a uma alta de 4,43% na semana, na maior alta no período desde agosto de 2018.
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Além disso, serão revelados os dados de vendas no varejo nos EUA às 10h30 na sexta, enquanto às 11h15 serão divulgados os dados de produção industrial.
Na segunda-feira, nos EUA, haverá o feriado de Dia dos Veteranos, mas a bolsa de Nova York funcionará normalmente.
Ao longo da semana, atenção ainda para os dados de produção industrial e de varejo na China na quarta-feira e PIBs do Reino Unido na segunda, do Japão na quarta e da zona do euro na quinta.
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Agenda nacional
Por aqui, os destaques ficam para a pesquisa mensal de serviços na terça-feira e do comércio na quarta, às 9h. A estimativa é de que o número de vendas no varejo tenha crescimento de 2,5% na base anual, ante alta de 1,3% em agosto, segundo estimativa mediana da Bloomberg.
Na quinta-feira, será a vez de conhecermos o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br ) de setembro, considerado uma prévia mensal do PIB calculada pelo Banco Central. “Após revisões altistas ao longo das últimas semanas, projetamos expansão de 0,3% do PIB no terceiro trimestre”, avalia o Bradesco.
No noticiário político, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou que a promulgação da reforma da Previdência irá ocorrer na próxima terça-feira, às 10h. A votação dos quatro destaques da PEC Paralela no Senado ficou para as 14h da próxima terça-feira. O texto ainda precisa passar por uma segunda votação no plenário do Senado antes de seguir para a
Câmara.
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Além disso, os investidores seguem de olho nos desdobramentos da soltura de Lula após a decisão do Supremo de barrar a prisão em segunda instância. Em discurso após deixar a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente disse que percorrerá o País e ainda desferiu ataques ao Judiciário.
Vale destacar que o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Franceschini (PSL-PR), pautará para a próxima segunda a votação da proposta que permite a prisão de condenados em segunda instância, em uma reação à decisão do Supremo. Segundo o parlamentar, se a votação não for concluída na segunda-feira, será pautada outra reunião da comissão na terça-feira (12), tendo a proposta como único item da pauta.
A preocupação fica para o risco à agenda de reformas em meio a esse ambiente de maior polarização. Contudo, a consultoria Eurasia vê baixo risco de que isso aconteça.
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No noticiário corporativo, a ação do Magazine Luiza, em oferta primária, terá preço definido na terça-feira. Além disso, os acionistas da Natura discutem a fusão com a Avon na quarta e os investidores da Eletrobras discutem o aumento de capital de R$ 9,99 bilhões na quinta-feira . A safra de balanços, por sua vez, chega à última semana com empresas como Eletrobras, Cosan, Marfrig, Copel, Embraer, JBS, Cemig, Sabesp e Braskem; já a Oi adiou a divulgação dos seus números para dezembro (veja mais resultados da semana clicando aqui).
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