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Desaceleração de receita, pressão nos níveis de rentabilidade e alavancagem ainda considerada alta: esses três pontos marcaram os resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23) divulgados pela Pague Menos (PGMN3) na noite de segunda-feira (4). Como esperado por analistas, o balanço impactou as ações, que, nesta terça-feira, fecharam com baixa de 9,57%, a R$ 2,74.
De acordo com o JPMorgan, os resultados operacionais vieram mais fracos que o esperado, em especial considerando a diminuição de 3% (na comparação anual) no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado. Com a queda, o Ebitda ficou 9% abaixo das expectativas (14% abaixo das projeções do JPMorgan). Outro ponto destacado como negativo pelo banco americano em sua análise foi o crescimento de 4,1% nas vendas “na mesma loja” na bandeira Pague Menos, considerando robustos investimentos realizados para sustento do canal digital. Pelo lado positivo, a Extrafarma acelerou o crescimento de vendas em 6,7%.
Ainda assim, as preocupações recaem sobre a – considerada ainda elevada – alavancagem ajustada, que segue alta em 3,9 vezes a relação entre dívida líquida sobre Ebitda, graças ainda à aquisição da Extrafarma e altas despesas financeiras. O JPMorgan destaca que a companhia negocia a 20 vezes o preço sobre lucro (P/L) para fim de 2024 e classifica o nome como neutro.
A XP destacou que os resultados foram considerados fracos, em especial considerando a desaceleração da receita e os níveis de rentabilidade pressionados.
O Bradesco BBI tem a mesma visão e ressalta a forte pressão nas margens ainda observada no balanço divulgado. No lucro líquido, a companhia reportou números 8% inferiores ao consenso e o crescimento da receita desacelerou para 7,7% ao ano. A queda foi causada pela queda de desempenho de Pague Menos, ainda que a melhoria em Extrafarma pudesse ter ajudado. O BBI ainda considera o nome como neutro, com preço alvo estabelecido em R$ 3,40, e sustenta que o nome oferece limitado potencial de valorização, em especial considerando os riscos dos resultados mais fracos apresentados, além de alta alavancagem e maiores riscos de tributação dos benefícios fiscais do ICMS.