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O pacote de estímulos econômicos da China deve ajudar a conter a desvalorização do yuan (moeda local) frente ao dólar, em meio ao começo do ciclo de cortes de juros nos EUA, avaliou a analista global da XP, Maria Irene Jordão.
“Foi intencional da parte do governo chinês”, comentou ela, durante o Morning call da XP desta quarta-feira (25). Segundo a analista, a China também busca atingir meta de crescimento de 5% em 2024, o que poderá ser estimulado por essas medidas.
Desemprego alto entre os jovens
“A gente já esperava que eles fossem fazer alguma coisa para chegar lá”, explicou, ressaltando que a recuperação irregular dos diversos setores econômicos e o desemprego entre os jovens são pontos de preocupação do governo chinês.
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Após o anúncio do pacote, os ativos chineses tiveram seu melhor dia desde março de 2022. Com isso, o ETF FXI (China) assumiu a liderança do monitor de ETFs regionais da XP, com 26,9% de alta em 2024.
O ETF SPY (S&P 500 dos EUA) ficou para trás, com 21,3% de avanço, seguindo do ETF INDI (Índia), com 20,6%. O ETF ACWI (Global) está em 17,9% e o ETF EWU (Reino Unido) em quinto lugar no monitor da XP, com 15,7%.
Maria Irene Jordão avalia que as medidas anunciadas vieram mais abrangentes do que o mercado antecipava e acabaram tendo uma boa recepção do mercado.
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Surpresa boa para as companhias listadas
As medidas focadas no mercado financeiro, segundo ela, foram as maiores surpresas do pacote.
“O mais surpreendente foi o anúncio sem precedentes de um fundo para financiamento para compra de ações. O governo vai dar uma linha de crédito específica para as empresas listadas para recompra de ações”, comentou.
“Isso mostra que o governo está preocupado com o valuation (das companhias listadas)”, acrescentou.
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A analista pontua que o mercado vinha muito preocupado diante da percepção da má relação do governo com o setor privado nos últimos anos, sobretudo após o crackdown (medidas restritivas) das empresas de tecnologia, que estavam ficando grande demais.
“Depois, teve a crise do setor imobiliário”, complementou. “O governo foi se mostrando cada vez mais aberto a dar estímulos diferentes do histórico deles, e eles devem continuar a dar estímulos a fim de entregar o crescimento”, finalizou.
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