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SÃO PAULO – O ouro teve mais um dia de forte queda nesta segunda-feira (15), seguindo o movimento visto na última sessão. Após ficar abaixo dos US$ 1.500 por onça na sexta-feira, o contrato futuro da commodity com vencimento em junho recuou mais 9% nesta sessão e atingiu US$ 1.366, seu pior patamar em 2 anos. Com isso, o ouro atinge seu pior desempenho em dois dias em mais de 30 anos, acumulando perdas de 12,4%.
Além do ouro, a prata também mostra forte queda nesta segunda, recuando 11%, para US$ 23,43. O movimento segue o temor do mercado após as fortes quedas da última sessão, desencadeando diversas ordens de venda, pressionando os preços para baixo.
Além disso, especialistas explicam que os dados ruins apresentados na China – com queda da produção industrial e o resultado pior que o esperado do PIB – e nos EUA ajudam a criar esse temor no mercado. Ainda pesa sobre os investidores o anúncio de que o Chipre precisará utilizar de sua reserva de 40 toneladas de ouro para pagar suas dívidas.
Diante dessa forte queda, o giro de negócios com os contratos de ouro também aumentou bastante. A média de negócios diários é de 130 mil, enquanto na última sessão foi de 350 mil e nesta segunda já se aproxima dos 600 mil negócios. Em entrevista para a rede CNBC, o analista George Gero, da RBC, explica que o preço do ouro serve para medir a pressão econômica e política no mercado, e no momento ele está mostrando fraqueza em todos os lugares.
De acordo com o analista, era esperado que a China retomasse algumas entregas de cobre e ouro, porém, após os dados apresentados a sensação é que o país não irá conseguir atingir essas expectativas.