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A Orizon (ORVR3) registrou, em termos não ajustados, prejuízo líquido de R$ 15 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), revertendo lucro líquido de R$ 6,4 milhões do mesmo trimestre de 2020. Já em termos ajustados, a empresa lucrou R$ 11,1 milhões no 4T21, elevação de 72,6% sobre o lucro ajustado do quarto trimestre de 2020.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 59,3% no último trimestre do ano passado, totalizando R$ 76,6 milhões. A margem Ebitda ajustada atingiu 49,3% no período, alta de 2,6 ponto percentual frente a margem registrada no quarto trimestre de 2020.
A receita líquida somou R$ 155,3 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 50,8% na comparação com igual etapa de 2020. Segundo a companhia, o aumento foi justificado principalmente pela venda dos créditos de carbono gerados e comercializados em dezembro de 2021, geração e aumento do preço de venda de energia e aumento do volume disponibilizado e comercializado de biogás.
O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 51,8 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma elevação 185,9% sobre o resultado do mesmo trimestre de 2020. O lucro bruto totalizou R$ 78,2 milhões no 4T21, um avanço de 80,3% em relação ao mesmo trimestre de 2020.
A dívida líquida da companhia ficou em R$ 175,8 milhões no final de dezembro de 2021, uma redução de 45,2% em relação ao mesmo período de 2020. O indicador de alavancagem financeira, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 0,99 vez em dezembro de 21, queda de 1,10 vez em relação ao mesmo período de 2020.
O Credit Suisse apontou que a companhia registrou resultados positivos no trimestre, com os dados operacionais superando as expectativas, principalmente como resultado da venda de todos os créditos de carbono gerados em 2021, volumes de aterros e maiores volumes de energia vendidos, além de controlar as linhas de custo. Na perspectiva anual, a empresa também apresentou melhores volumes nos mesmos segmentos, porém acompanhados de maiores custos.
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Analistas acreditam que os principais impulsionadores da empresa continuam sendo os novos projetos, as oportunidades de fusões e aquisições e a incorporação bem-sucedida de ativos recém adquiridos (aterros UPI Aterros e Cuiabá), incluindo seus possíveis opcionais.
O banco mantém classificação outperform para o papel, e preço-alvo de R$ 37,40 frente a cotação de quarta-feira (30) de R$ 30,95, ou um potencial de alta de 21%.
Antes da divulgação do resultado, a XP reiterou a recomendação de compra para o ativo e elevou o preço-alvo de 30 para R$ 40 (upside de 29%).
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Analistas justificam a elevação do preço-alvo para incorporação da aquisição da UPI Aterros, com 7 aterros e 1 unidade de Blending/Coprocessamento; a aquisição de um aterro sanitário em Cuiabá; preços mais altos de crédito de carbono; e maiores preços de energia na WtE Barueri.
A XP continua otimista com a companhia e acredita que a Orizon tem avenidas claras para o crescimento orgânico e inorgânico. Além disso, analistas destacam altas barreiras de entrada para novos players no setor de gestão de resíduos.
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