Operações de segundos e meta antes das 13h: a rotina dos scalpers da Bolsa

Do swing trade para as oportunidades de curtíssimo prazo: dois traders contam como passaram a ter consistência no mercado

Paula Barra

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SÃO PAULO – “Se você quer ser agressivo no trade, precisa ter o controle da situação, tirar a responsabilidade do mercado e jogar para você. O truque está em encontrar os pontos certos no gráfico, que transformarão os movimentos curtos e rápidos do mercado em lucro no bolso”.

Um conceito passado pelo analista Igor Rodrigues na sua sala de trades ao vivo na Clear Corretora e que mudou por completo a vida de Marcelo Egypto, 23, e Gabriel Cestari, 20, há um ano, quando perceberam que as operações de swing trade não eram para eles e precisavam de um ritmo mais acelerado nas entradas.

“Sempre fui mais agressivo nas operações e isso só deu certo quando percebi que para bater grande e fazer dinheiro eu precisava focar no scalper. Isto é, trocar os trades mais longos para as operações rápidas e curtas”, conta Cestari, que divide os trades com a faculdade de direito no período noturno.

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(Marcelo Egypto à esquerda e Gabriel Cestari à direita)

Quem tem esse perfil não pode trabalhar com tendências longas e duradouras todos os dias, não dá para pagar para ver se o mercado vai na direção correta ou não. “Espero, no máximo, 10 segundos por operação. São operações de rompimento. Se não deu certo, caio fora”, diz Egypto, que vive atualmente dos ganhos do day trade e outros investimentos.

Mas isso não significa ficar o dia inteiro com cara na tela do monitor. Muito pelo contrário. O horário limite são às 13h. “Dando gain ou loss, eu desligo o computador e parto para outra atividade”, comenta.

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E é isso que diferencia no final do mês quem sai no positivo ou negativo. A questão não é operar o tempo inteiro, mas fazer as entradas na hora certa e seguir um plano de trading. A meta diária? R$ 1.000, tanto no gain quanto no loss, diz o trader. “É o que o Igor (analista) diz: No começo, o trader quer operar o tempo inteiro, mas acaba devolvendo tudo. Operar mais não significa ganhar mais”.

Cestari também não foge desse regra. Pregão até, no máximo, às 13h, com um objetivo por dia de R$ 500 a R$ 600.

Antes de elevar a régua, ambos sabem que precisam de mais tempo de tela, mais confiança nos pontos do gráfico. Por isso, eles contam que decidiram entrar de cabeça, no meio de março, em um treinamento de imersão no trading com Igor e o analista Aliakyn Pereira de Sá (que comanda uma sala de ações e minicontratos na XP Investimentos), que ocorreu em São Paulo. Chamado de “Scalp Master Week”, os especialistas mostram em 5 dias de pregão as técnicas mais eficientes para scalp (Quer saber mais? Clique aqui e veja quando ocorre a próxima turma).

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A ideia com o treinamento, contam, é ter confiança nos pontos gráficos, saber onde estão pisando para depois, quem sabe, aumentar a mão. Nos 5 dias da imersão, a meta dos dois trades foi mais do que batida.