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A Oncoclínicas (ONCO3), que foi um destaques da bolsa brasileira na semana passada, com alta de mais de 20% da ação em apenas uma sessão após anúncio de aumento de capital de R$ 1,5 bilhão, teve recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) reforçada pelo Banco Santander, com o banco enxergando assimetria positiva para ação.
O banco fez análise de sensibilidade e apontou que, em um cenário pessimista, as provisões para glosas e recebíveis não melhoram, e a margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) atinge um máximo de 20%, levando o valor por fluxo de caixa descontado (DCF) por ação para R$ 6,50.
Já o cenário otimista inclui melhores preços, levando a margens mais altas, e a normalização das provisões para glosas e recebíveis, elevando o valor da ação pelo modelo de fluxo de caixa descontado para R$ 17,00.
Contudo, o banco optou por reduzir o preço-alvo da ação da Onclinicas de R$ 17,00 para R$ 13,00, o que implica em potencial de valorização de 38,6% frente a cotação de fechamento da última segunda-feira (27), de R$ 9,38.
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Em termos de avaliação, o papel da companhia estaria negociando a 15,9 vezes Preço/Lucro (ex-minoritários) em 2025, implicando em uma reavaliação de aproximadamente 11,2 vezes.
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O banco ainda comenta que o aumento de capital da Oncoclínicas diminuiu a preocupação com alavancagem após o recente pico para 4,2 vezes dívida líquida sobre o Ebitda nos resultados do 1T24.
No futuro, o Santander acredita que os investidores continuarão focados na geração de caixa, especialmente nos recebíveis e na normalização da conta de garantia com a Unimed FERJ.
Como resultado, a reavaliação adicional deve ser impulsionada pela melhoria do fluxo de caixa, que o banco espera se materializar a partir do 2T24. “A nova orientação de alavancagem de 2,0 vezes dívida líquida sobre o Ebitda foi um sinal de que a administração está focada na geração de caixa”, destaca o Santander.
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De acordo com relatório, a geração de caixa deve ser impulsionada por melhorias nos recebíveis, maior prazo de pagamento a fornecedores, controle de CAPEX e menores pagamentos de juros. Com isso, estima um rendimento de fluxo de caixa livre (FCL) de 1,9% e 4,5% em 2024 e 2025, respectivamente. No geral, o banco projeta que a dívida líquida sobre o Ebitda pode reduzir para 2,1 vezes no final de 2024 contra 2,8 vezes no 1T24 (após o aumento de capital).
O Santander, por outro lado, reduziu suas estimativas de receitas devido a um desempenho de preços mais fraco durante o 1T24. O banco também assumiu de forma conservadora uma provisão mais alta para glosas (20 pontos-base a mais em relação ao seu modelo anterior). Além disso, o banco prevê uma expansão de margem mais gradual ao longo do tempo, o que levou as estimativas de Ebitda ajustado e lucro líquido ajustado a caírem 11% e 12% no próximo ano, respectivamente.