Oncoclínicas (ONCO3) é a preferida do BBA no setor de saúde, à frente de Rede D’Or (RDOR3), mas Fleury (FLRY3) está uma “pechincha”

Fleury como "jogada de valor" e Oncoclínicas como maior momentum são as escolhas de BBA; Rede D'Or e Dasa são vistas como neutras

Camille Bocanegra

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O Itaú BBA revisou suas avaliações para players de hospitais, diagnósticos e oncologia. Oncoclínicas (ONCO3) foi indicada como favorita, com classificação outperform e preço-alvo de R$ 20,00. A ação é considerada com o melhor momentum. Hoje, contudo, o papel fechou em queda de 3,21%, a R$ 11,47.

Para Fleury (FLRY3), a visão é que a empresa “está barata” e também conta com recomendação outperform, com meta de preço de R$ 22,00. A ação da companhia operou fechou o pregão de hoje em alta de 0,83%, a R$ 14,63.

Em relação a Mater Dei (MATD3), o BBA entende que o nome tem potencial de outperform, com meta de preço fixada em R$ 13,00.

Para Rede D’Or (RDOR3), Dasa (DASA3) e Kora (KRSA3) a recomendação é market perform (perfomance de mercado, equivalente à neutra), com preço-alvo de R$ 37,00, R$ 15,00 e R$ 2,00, respectivamente.

Manutenção de expectativas para ONCO3

“Estamos ajustando ligeiramente nossas estimativas de crescimento e lucratividade para grupos hospitalares, mas nossas previsões para Oncoclínicas permanecem praticamente inalteradas após o 2T23”, diz a análise.

A manutenção da classificação de outperform para Oncoclínicas é baseada no forte momentum operacional apresentado pela empresa e pela expectativa de benefícios fiscais para reestruturação corporativa no fim de 2023. Os benefícios deverão melhorar a eficiência fiscal e também reduzir juros.

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Em relação à Fleury, a percepção positiva é apoiada pelo desempenho da empresa no curto prazo e a atraente avaliação. Com P/L projetado de 10x e 9x para 2024 e 2025, a companhia é considerada “uma pechincha” pelo BBA.

A visão para Dasa é neutra e o banco se compromete a se tornar mais construtivo em relação à companhia assim que tiver sinais mais claros de melhoria no cenário.

“Mantemos uma abordagem mais cautelosa para Rede D’Or, dadas as expectativas de menor momentum para serviços hospitalares no segundo semestre de 2023 e uma avaliação ainda desafiadora de 20x P/L 2024″, diz o relatório.

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Tendências mistas

O setor é visto com tendências mistas entre os grupos hospitalares listados. Para o BBA, o cenário é explicado pela grande pressão sobre o tíquete médio para as empresas. Outra importante razão da tendência é a dificuldade de recuperação para níveis pré-pandemia e os recebíveis prolongados para planos de saúde.

A expectativa do BBA é que o segundo semestre ainda não seja promissor, pelo que indicam os KPIs recentes. Há, contudo, dados tanto dos grupos listados quanto da Agência Nacional de Saúde (ANS), reguladora do setor, que demonstram uma melhora sequencial no MLR.

Essa melhora é decorrente tanto de aumentos de preços contínuos quanto pela desaceleração de reinvindicações por beneficiário. A perspectiva de longo prazo, para o banco, é que haja uma normalização na lucratividade dos planos de saúde e isso alivie também a pressão sobre os hospitais.