Oi (OIBR3): ações caem na Bolsa após resultado, mas executivos estão confiantes sobre ponto de inflexão da companhia

Companhia registrou prejuízo de R$ 3,06 bilhões entre julho e setembro deste ano e a receita também caiu em meio à restruturação

Felipe Alves

Foto: Divulgação
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A as ações ordinárias e preferenciais da Oi (OIBR3;OIBR4) derretem, respectivamente, 13% e 5,26% na Bolsa brasileira nesta quinta-feira (10), por volta das 14h50 (horário de Brasília) desta quinta-feira (10), em um dia de forte aversão ao risco para o mercado brasileiro. O recuo também se dá após a companhia divulgar, na noite de ontem, que registrou um prejuízo de R$ 3,06 bilhões no terceiro trimestre de 2022.

Apesar do resultado ainda mostrar prejuízo, executivos da empresa, em teleconferência realizada hoje, defenderam que a companhia deve, em breve, passar por um ponto de inflexão na sua nova operação.

Rodrigo Abreu, CEO da Oi, destacou, por exemplo, que houve redução significativa dos pedidos de cancelamento do serviço da Oi no terceiro trimestre – e que há um esforço para avançar ainda mais neste ponto.

“A Oi continua a investir em plataformas digitais para acelerar seu crescimento de vendas e melhorar o engajamento dos clientes. Os novos serviços do portfólio continuam a crescer”, disse o executivo.

Para Abreu, a Oi deve trazer, no futuro próximo, uma expansão considerável do seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), a partir do momento que finalizar sua transição.

Parte disso será proveniente, principalmente, da V-Tal, serviço de fibra ótica da Oi.

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“A companhia tem sustentado a liderança no mercado de FTTH e consolidado a evolução de conectividade. A Oi tem tido participação no mercado muito boa”.

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“Apesar dos desafios, a nova Oi já demonstra potencial de crescimento e geração de valor”, comentou o executivo, apontando que a empresa deve acelerar sua base de fibra e ganhar escala no modelo fiber to the home (FTTH), que será essencial para a manutenção de margens da empresa. ““A companhia tem sustentado a liderança no mercado de FTTH e consolidado a evolução de conectividade. A Oi tem tido participação no mercado muito boa;

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Nós precisamos, contudo, minimizar o impacto do legado no Ebitda e no fluxo de caixa”.

O balanço da companhia, de acordo com a diretora financeira (CFO) Cristiane Barretto Sales, tem potencial para melhorar também por conta das reduções com gastos operacionais. Segundo ela, esforços nessa frente já apareceram no terceiro trimestre.

Abreu, por sua vez, defendeu que a rentabilidade da empresa está deprimida refletindo as mudanças operacionais da empresa. A margem Ebitda da Oi ficou em 6,1% entre julho e setembro deste ano, ante 32,3% no mesmo período de 2021.

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“A receita voltou a crescer, mas os resultados foram penalizados pelo Capex, que reflete as mudanças da nova Oi”, defendeu. “Com relação ao Ebitda, as margens foram prejudicadas pelo início da nova fase operacional”, destaca.

Por fim, os executivos comentaram também as questões do agrupamento de ações e das reivindicações feita por Vivo (VIVT3), Claro e Tim quanto a compra da Oi Móvel.

O reagrupamento de ações, de acordo com Abreu e Sales, colocaria a Oi em “níveis compatíveis com as faixas de preço da B3” – algo que é necessário para manter a listagem da companhia.  “Assim reduziremos a volatilidade e melhoraremos aspectos técnicos e teremos melhores condições de preço, promovendo mercado mais estável”, defendeu o CEO.

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Quanto às indagações das outras teles, a Oi afirmou que elas não tem sustentação, uma vez que as empresas não consideraram toda a documentação apresentada no processo. “Esperamos que os resultados da arbitragem compensem os resultados da migração”, afirmou Abreu.