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A Oi (OIBR3) divulgou seus resultados financeiros na noite da quarta-feira (8) e apresentou redução do prejuízo em 12,7% no terceiro trimestre. O desempenho foi considerado fraco por analistas e, na visão da Genial, “não há indícios de melhoras”.
“A empresa encontra-se em uma situação extremamente complicada, com queima de caixa e endividamento exorbitante (R$22,7 bilhões) e sem perspectivas de recuperação. Portanto, estamos mantendo nossa recomendação de venda, porém estamos reduzindo o preço-alvo de R$0,90 para R$ 0,60”, considera a corretora, em relatório sobre o balanço apresentado.
Os papéis da companhia fecharam em baixa de 7,46% no pregão desta quinta-feira (9), cotados a R$ 0,62. Cabe destacar o baixo valor de face dos ativos, fazendo com que variações de centavos levem a grandes variações percentuais.
Venda de ativos foi destaque em teleconferência
O CEO, Rodrigo Abreu, apresentou os resultados em teleconferência na manhã desta quinta e respondeu questionamentos sobre o processo de ativos, como a alienação da V.tal e a operação de venda da ClientCo.
“Há possibilidade de aumento de diluição na V.Tal”, afirma Abreu. O executivo esclareceu que o processo de alienação tem sido público e que o estabelecimento de métricas futuras para continuidade da alienação será realizado no futuro, com parâmetros ajustados de acordo com estudos em curso.
Em relação à venda da ClientCo, o CEO considera que faz parte de planos do futuro para que haja levantamento de ativos para recuperação judicial. Mas indicou que ainda não há definição se a venda será parcial ou total.
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“Quando fizemos a primeira versão do plano de recuperação judicial, previmos que no longo prazo seria necessário a realização de movimentos não orgânicos, como a alienação de V. Tal e a venda de parte da ClientCo”, explica o CEO. O executivo ressaltou que considerações sobre a venda da ClientCo dependem do potencial de valorização do negócio.
Na análise da Genial, a companhia segue “endividada e queimando caixa”, o que teria relação com a necessidade de levantamento de ativos. De acordo com a CFO, no entanto, a Oi tem buscado redução de custos e apostado em iniciativas para melhorar a eficiência.
Cristiana Barreto, CFO da Oi, ressaltou que as despesas de pessoal recorrentes caíram 10,1% em relação ao ano anterior.
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Segundo a executiva, as despesas gerais e administrativas caíram de acordo com o avanço em iniciativas de eficiência. “A Oi ainda tem um grande espaço para melhorar seu perfil de custos”, considera. A redução das despesas, no entanto, não foi suficiente para deixar o Ebitda no campo positivo.
A Genial destaca que “a redução nas despesas com pessoal, interconexão e serviços de terceiros foi contrabalanceada pelo aumento nos custos de manutenção de rede, aluguel e seguros.”
Os segmentos de maior destaque positivo apresentados no balanço foram da Oi Fibra, que apresentou crescimento, e as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), da Oi Soluções.
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“De acordo com levantamentos, os clientes da Oi Fibra são os mais satisfeitos em relação aos de outras operadoras”, diz Rodrigo Abreu, CEO da Oi
Ainda assim, de acordo com a análise da corretora, a dinâmica de desempenho da empresa ainda apresenta queda notável.
“Estamos em meio de um processo de transformação natural”, considera o CEO da companhia.