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As ações ordinárias da Oi (OIBR3) despencaram no pregão desta terça-feira (12) na Bolsa de Valores brasileira, com os ativos ON fechando em queda de 60%, a R$ 1.
Após passarem por diferentes leilões por oscilação máxima permitida, entre máxima a R$ 2,50 e mínima a R$ 0,91, quando chegaram a voltar à condição de penny stock (ativos cotados abaixo de R$ 1,00).
Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital, explicou ao Broadcast que o aumento de capital via emissão e entrega de ações aos credores em troca do abatimento de dívidas pesou sobre o papel. “O preço da ação ordinária da Oi responde muito mais aos credores liquidando as posições para poderem receber pelo menos uma parcela do direito que eles têm”, afirmou.
O Conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o aumento de capital da Oi em 4 de novembro, como parte do plano de recuperação judicial da companhia. Com isso, a operadora fará uma troca de dívida por participação acionária, alterando significativamente o seu quadro de controladores.
Os atuais acionistas vão passar por uma diluição na ordem de 80%, passando a deter uma participação minoritária na Oi, enquanto os credores financeiros assumirão uma fatia relevante na companhia.
A gestora de recursos Pimco terá a maior fatia do grupo, ficando com 36,48% do capital, seguida por SC Lowy (12,27%) e Ashmore (9,53%). Outros acionistas ficarão com 39,71%. Segundo a empresa, as novas ações da Oi serão entregues nesta terça-feira (12) para os acionistas e credores que seguiram os procedimentos comunicados no início de outubro.
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Já os credores que optaram por receber ADSs (American Depositary Shares) devem começar a receber os ativos a partir de sexta-feira (15). O aumento de capital já havia sido homologado, em maio, pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde corre o processo de recuperação da Oi. Posteriormente, foi aprovado, em setembro, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A convocação da assembleia geral de acionistas para eleição dos novos membros do conselho de administração foi comunicado na última segunda-feira (11), ocasião em que as ações OIBR3 caíram 39,32%. A reunião ocorrerá em 11 de dezembro, às 16 horas, de forma digital.
Os investidores devem deliberar sobre o novo formato do conselho, cujo número de membros será reduzido de nove para sete. “Esse número de membros está dentro da faixa prevista no estatuto social e parece adequado ao atual dimensionamento da companhia”, explicou a Oi. Outro tema a ser discutido é a reforma do estatuto social da companhia para refletir o aumento de capital.
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Em relação ao novo conselho, a SC Lowy Primary Investments foi responsável pela indicação de uma chapa com seis pessoas. Essa chapa sugere a manutenção de três conselheiros Francisco Roman Lamas, Paul Aronzon e Renato Carvalho Franco e aponta três novos participantes Marcelo José Milliet, Paul Murray Keglevic e Scott David Vogel.
Além disso, os acionistas Victor Adler e VIC DTVM indicaram a manutenção do conselheiro Raphael Manhães Martins. O mandato terá duração de dois anos, até a assembleia dos acionistas de 2026. Todos os indicados são apresentados como membros independentes. Na proposta para a assembleia, a administração reiterou que, após a venda dos últimos ativos, a Oi passará a ter foco operacional no atendimento a empresas (o chamado B2B) por meio da Oi Soluções, priorizando a rentabilidade e mantendo um negócio pouco intensivo em investimentos.
*Com Estadão Conteúdo e Broadcast