Oi dispara 10% no último dia para entregar plano de reestruturação; Vale e siderúrgicas caem

Confira os principais destaques de ações desta terça-feira

Paula Barra

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Confira abaixo os destaques da Bolsa desta terça-feira:

Eletrobras (ELET3, R$ 18,11, -1,15%;ELET6, R$ 20,79, -1,00%)

Segundo o Valor Econômico, a equipe econômica venceu uma queda de braço dentro do governo e conseguiu mudar um ponto sensível do projeto de lei de privatização da Eletrobras. Por pressão da Fazenda, que contestou as orientações iniciais do Planalto, foi retirado um artigo que mantinha a prerrogativa da União em indicar o futuro presidente do conselho de administração da empresa – mesmo depois da transferência do controle para o setor privado. 

MRV Engenharia (MRVE3, R$ 13,53, +0,59%)

A MRV Engenharia e Participações anunciou que voltará a lançar no segmento de média renda, devido à melhora na economia. “Sempre atenta às oportunidades e tendências do mercado,(a MRV) voltará a lançar no segmento de média renda”, disse a empresa em comunicado, acrescentando que “com o aumento da confiança” pretende investir mais na Linha Premium. A companhia faz nesta terça-feira um encontro com investidores e analistas, quando deve dar maiores detalhes sobre os planos.

“Mantemos a recomendação de compra para as ações MRVE3 para investidores com perfil de longo prazo e também para investidores com perfil de dividendos, já que a expectativa de dividend yield para 2018 é de 6,7% neste atual patamar de preços”, aponta a XP Investimentos. Vale destacar que, nesta terça, acontece o MRV Day. 

Vale (VALE3, R$ 35,61, -0,42%)
As ações da Vale caem nesta sessão, seguindo o desempenho do minério de ferro. Os contratos futuros da commodity negociados na bolsa chinesa de Dalian recuam 0,98%, a 503 iuanes.

Acompanham o movimento negativo os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 25,74, -0,92%) – holding que detém participação da Vale – e as siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 11,74, -0,84%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,39, -0,74%), Usiminas (USIM5, R$ 8,82, -1,34%) e CSN (CSNA3). 

Ontem, o Broadcast informou que a Usiminas e CSN estão na reta final das negociações com as montadoras para a alta dos preços do aço para 2018. O aumento deverá ser da ordem de 25%, conforme o almejado, e será aplicado a partir do início do ano. Em 2017, as siderúrgicas subiram seus preços entre 25% e 28%. Procurada, a Usiminas disse que mantém sua posição para um reajuste de 25% e esclarece, ainda, que as negociações com cada cliente seguem normalmente. Já a CSN não comentou.

Petrobras (PETR3, R$ 15,99, +0,13%;PETR4, R$ 15,39, +0,07%)
As ações da Petrobras se afastam da aversão ao risco do mercado doméstico e sobem com acompanhando os preços do petróleo. Em Londres, os contratos futuros do petróleo Brent subiam 1,73%, a US$ 65,81 o barril, enquanto, em Nova York, os contratos do WTI avançavam 0,84%, a US$ 58,48 o barril. 

No radar, a Petrobras anunciou a elevação em 1,1% do preço da gasolina e de 1% do diesel, com preços válidos a partir de quarta-feira (13). A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 67,73, -2,91%)
As ações da Magazine Luiza têm correção após dispararem 25% em três pregões, considerando a máxima registrada ontem. Embora tenha subido 4,6% no melhor momento da última segunda-feira, os papéis da varejista fecharam em leve queda de 0,29%. 

O movimento de euforia em torno da varejista nos últimos dias ocorreu na estera do “ML Day 2017”, evento realizado semana passada na sede da varejista em São Paulo e que reuniu mais de 170 analistas e investidores. Embora nenhuma grande novidade tenha sido revelada para justificar a disparada, o evento trouxe um tom bem positivo e como havia uma quantidade significativa de investidores no ML Day e como boa parte deles não possuíam ainda as ações MGLU3 em carteira – mesmo com a disparada de 2.800% desde 2016 -, isso foi o suficiente para atrair novos compradores ao papel, comentaram gestores e analistas ao InfoMoney.

ESPECIAL: 3 motivos para (tentar) entender a disparada da Magazine Luiza

Vale menção ainda que diversos analistas já estavam emitindo opiniões positivas sobre o papel antes do evento, mas alguns aproveitaram o dia para reforçar o tom positivo no papel, caso do BTG Pactual, que demonstrou, em relatório divulgado ontem, forte entusiamo com a empresa e disse que ela é, de fato, a “prime” do setor. 

A ação da Magazine Luiza faz parte da Carteira InfoMoney do mês de dezembro (clique aqui e confira o portfólio completo). 

LPS Brasil (LPSB3, R$ 5,38, -1,47%)

O Itaú BBA revisou sua recomendação para a LPS Brasil para underperform e rolou o preço-alvo de R$ 4,30 em 2017 para R$ 5,40 em 2018. De acordo com os analistas do banco, é esperado que a empresa tenha uma significativa recuperação das vendas à frente, apoiada por uma aceleração dos lançamentos e melhora das perspectivas de demanda de moradias. No entanto, a avaliação atual da ação já incorpora uma recuperação um tanto alta, deixando o upside limitado neste momento.

Fleury (FLRY3, R$ 26,55, -0,93%)

O Itaú BBA rolou o preço-alvo para Fleury de R$ 33 em 2017 para R$ 32,40 em 2018, mantendo recomendação outperform. Os analistas destacam que há uma preocupação sobre a expansão da receita da companhia em meio as mais fracas vendas nas mesmas lojas, enquanto a inflação mais baixa deve contribuir para a desaceleração da receita. Contudo, a recomendação segue de compra.  

Wiz (WIZS3, R$ 11,50, -1,37%)
Uma das “ações queridinhas” do setor de seguros de muitos analistas de mercado segue sofrendo na bolsa. Em evidência nos últimos meses, a corretora Wiz começou o ano de 2017 com uma boa performance, mas de uns três meses para cá, a ação já caiu cerca de 50%, muito por conta da renegociação envolvendo a Caixa Seguradora e a francesa CNP Assurance. 

Rodrigo Heilberg, sócio-fundador e gestor do HIX Capital FIA, contou no programa Papo com Gestor da última semana, que o fundo contava com ações da Wiz, mas que optou por deixar o investimento há dois meses, antes de todo o rebuliço envolvendo a companhia – que ocorreu em novembro (veja a entrevista completa aqui).

ABC Brasil (ABCB4, R$ 15,75, -0,69%)

O BTG Pactual manteve recomendação de compra para os ativos da ABC Brasil, com um preço-alvo de R$ 19, destacando que a instituição financeira está bem posicionada para crescer e as provisões devem cair em 2018. 

Oi (OIBR3, R$ 4,97, +10,20%; OIBR4, R$ 4,41, +9,98%)
As ações da Oi disparam no último dia para a companhia entregar um plano de recuperação judicial à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. No entanto, a proposta ainda não está concluída. A assembleia de credores, que vem sendo adiada desde outubro por falta de entendimento entre as partes e que foi marcada para esta terça-feira, avaliará o plano a ser apresentado à Justiça. Se a proposta for recusada, a Justiça pode, em tese, decretar a falência da empresa ou conceder mais prazo. Uma das hipóteses, em caso de rejeição, é uma intervenção do governo na operadora.

JBS (JBSS3, R$ 8,58, -0,23%)

 A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) informou na segunda-feira (11) abriu na última sexta um novo processo administrativo contra a JBS, Seara, Eldorado e o empresário Wesley Batista. Este novo processo investiga a compra de dólares pelo frigorífico no mercado futuro, dias antes da divulgação da notícia de que seus executivos fizeram delação premiada.

Segundo comunicado, Wesley Batista é investigado “por ter ordenado a compra de contratos derivativos de dólar com uso de práticas não equitativas” em nome da JBS, Eldorado e Seara. O executivo era presidente da JBS na época. As três empresas são investigadas por terem se beneficiado da compra de dólar.

Vale destacar que este processo é sancionador, em uma etapa mais À frente das investigações, no qual a acusação é formulada contra empresas e seus administradores ou acionistas. Antes disso, a CVM abre um processo administrativo e um inquérito dentro do órgão. Ao todo, a CVM tem 12 processos em curso contra a JBS e seus acionistas.

Locamerica (LCAM3, R$ 15,25, -0,97%)

A Locamerica vai emitir R$ 118 milhões em notas comerciais, a CDI + 1,40%. Os recursos obtidos com a emissão serão utilizados para reforço de caixa, diz companhia em comunicado ao mercado. O prazo é de até 4 anos. 

BR Properties (BRPR3, R$ 10,78, ,-0,09%)

O Conselho de Administração da BR Properties aprovou a emissão de R$ 250 milhões em debêntures. A oitava emissão de debêntures terá juros de 121,50% do CDI, segundo comunicado ao mercado, com vencimento de 20 de dezembro de 2021. A data de emissão será em 20 de dezembro. A oferta é para investidores qualificados e os recursos serão integralmente utilizados para o reforço de caixa.

Somos Educação (SEDU3, R$ 15,00, +3,09%)

A Somos Educação informou que a compra de escolas de ensino básico é parte da estratégia e que permanece aberta a alternativas de financiamento que possam viabilizar o plano de aquisição de escolas por meio de recursos próprios ou parceria com terceiros, segundo comunicado ao mercado esclarecendo notícias da mídia. A Somos também diz que não há negociação com Kroton ou outro terceiro envolvendo a alienação da companhia ou de seu controle. Em 8 de dezembro, o Valor Econômico disse em 8 de dezembro que Somos deve desistir de venda de fatia do negócio de colégios e que Kroton fez duas propostas para comprar o grupo.

PetroRio (PRIO3, R$ 69,85, +2,29%)

A PetroRio convocou AGE (Assembleia Geral Extraordinária) para decidir sobre recompra de 1 milhão de ações. A assembleia será realizada em 22 de dezembro às 16h, segundo comunicado ao mercado. A proposta de recompra no prazo de 18 meses para manutenção das ações em tesouraria, cancelamento ou posterior alienação.

São Martinho (SMTO3, R$ 16,87, -0,88%)

Na São Martinho, o Conselho de Administração aprovou o financiamento com o BNDES de R$ 135 milhões. 

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