OGX vende US$ 30 mi em petróleo em Tubarão Martelo; mais 9 empresas no radar

JG Petrochem aumenta participação para 9,6% na HRT; Grupo Rede pede recuperação judicial nos EUA

Paula Barra

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SÃO PAULO – A semana inicia agitada no mercado brasileiro em meio a uma série de notícias corporativas. A OGX Petróleo (OGXP3), agora Óleo e Gás Participações, já comercializou a primeira carga de petróleo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, e arrendou US$ 30 milhões, informou o Valor. A produção da região começou em 5 de dezembro. Dois poços já estão produzindo no campo, e outros dois deverão começar a extração de petróleo até maio. 

Segundo o jornal, o valor da venda foi menor do que obteve na comercialização de óleo produzido anteriormente, sem informar qual era o tamanho dessa carga. A empresa, no entanto, tem pressa e precisa ganhar fôlego e fazer caixa, para assim poder investir no aumento de produção nesse campo, onde está previsto um terceiro poço no segundo trimestre.

Gafisa lança R$ 1,6 bilhão no 4° tri
A incorporadora Gafisa (GFSA3) teve lançamentos da ordem de R$ 1,6 bilhão no quarto trimestre, alta anual de 8,7%, e encerrou o ano com um total lançado de R$ 2,9 bilhões.  

“O volume lançado encontra-se em linha com o guidance (projeção) de lançamentos que a companhia apresentou para o ano, no intervalo de R$ 2,7 bilhões a R$ 3,3 bilhões”, afirmou a incorporadora em comunicado na sexta-feira. O total lançado em 2013 apresentou queda de 2,2% ante o resultado em 2012. O ano passado foi marcado pela retomada de lançamentos do segmento Tenda (voltados para imóveis populares) e a venda de 70% da Alphaville (voltada para venda de lotes residenciais) para os fundos Pátria e Blackstone, o que permitiu à Gafisa chegar à etapa final de seu processo de reestruturação, iniciado em 2011. Segundo a XP Investimentos, a prévia operacional foi positiva, com o VSO (Velocidade de Vendas) voltando para a casa de 25% e o volume lançado em linha com o guidance de lançamentos.

Reajuste é competência exclusiva da companhia, diz Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) enviou comunicado ao mercado na noite de sexta-feira informando que matérias relacionadas ao aumento de preços dos combustíveis são de competência exclusiva da companhia. O anúncio veio após a Folha de S. Paulo informar que a fórmula de reajustes aprovada no final do ano passado pela petroleira previa como referência uma banda de 4% a 8% de alta nos preços. Ainda no comunicado, a empresa disse que não procura comentar sobre rumores e especulações, citando o seu “Código de Boas Práticas”, que contém a política de divulgação da companhia.

Acciona consegue arresto das ações de subsidiária da OSX
A empreiteira Acciona conseguiu na Justiça holandesa o arresto das ações da OSX Leasing, subsidiária estrangeira da OSX Brasil (OSXB3). Embora o pedido feito à Justiça não inclua os bens da companhia, o montante arrestado garante integralmente a dívida de R$ 300 milhões da empresa do empresário Eike Batista com a credora, segundo o advogado Leonardo Antonelli, que representa a corporação espanhola, informou ao jornal O Estado de S. Paulo. A Acciona é uma das empresas participantes da construção do Porto do Açú, em São João da Barra, litoral norte do estado do Rio de Janeiro. A decisão da Justiça saiu no fim do ano passado, mas foi mantida em sigilo.

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Cade pede análise na compra da Uniseb pela Estácio
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) classificou o caso de aquisição da Uniseb pela Estácio (ESTC3) como “complexo” e determinou a realização de diligências, conforme documento publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira. O Cade pediu aprofundamento da análise das condições de rivalidade no mercado de graduação à distância nas localidades em que foram encontradas concentrações elevadas. Além disso, a autarquia pediu às partes a apresentação de eficiências, de acordo com o documento. “Apesar de haver pouca sobreposição de ativos entre as empresas e o teor do comunicado não detalhar muita coisa, vale acompanhar os desdobramentos e futuros comunicados do Cade referente a aquisição”, disse a XP.

Aquisição de ações da CPFL Renováveis pela Previ
Além disso, a autarquia aprovou sem restrições a aquisição de ações da CPFL Renováveis (CPRE3) pela Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, dentro da oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) realizada pela companhia em meados de 2013. Na operação que levantou R$ 1,035 bilhão, a Previ adquiriu participação de 7,26% na CPFL Renováveis ou 31.974.420 ações ordinárias. 

Em documento enviado ao Cade, as partes justificam que antes da realização do IPO, a Previ já detinha uma participação indireta de aproximadamente 18,9% do capital social da CPFL Renováveis, de modo que a operação conferirá à Previ uma participação total, direta e indireta, de aproximadamente 24,95% do capital social e votante da empresa. “Dessa forma, a operação notificada representa apenas o aumento da participação detida pela Previ no capital social da CPFL Renováveis e não implicará nova sobreposição horizontal ou integração vertical entre as atividades das partes, tampouco gerará efeitos concorrenciais relevantes em qualquer mercado relevante”, informaram as partes.

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Aquisição pela Tractebel da Ferrari Termoelétrica
Por fim, o Cade também aprovou a aquisição da Ferrari Termoelétrica pela Tractebel Energia (TBLE3), segundo resolução publicada no Diário Oficial. A Tractebel anunciou em dezembro do ano passado que iria adquirir a Ferrari Termoelétrica por R$ 172 milhões, por meio de sua controlada Tractebel Energias Complementares de Participações, que assumirá um endividamento líquido da ordem de 48 milhões de reais. 

A Ferrari Termoelétrica é dona da Central Geradora Termelétrica UTE Ferrari, empreendimento de cogeração de energia a biomassa de cana de açúcar, localizada em Pirassununga, interior de São Paulo.

JG Petrochem aumenta participação para 9,6% na HRT
A HRT Petróleo (HRTP3) comunicou ao mercado na sexta-feira que a JG Petrochem comprou 12,59 milhões de suas ações, passando a deter, a partir da última quarta-feira (15), 28,60 milhões de papéis, o que equivale a 9,62% do capital social da companhia. Antes da operação, o grupo detinha participação de 5,39% sobre a HRT, posição considerada relevante, após movimento de compra de ações feito em dezembro e comunicado também nesta semana. No pregão desta sexta-feira, as ações da HRT tiveram alta de 9,43% e registraram seu maior patamar desde 30 de setembro do ano passado, quando fecharam no mesmo valor dos atuais R$ 1,16. Conforme informou o fundo, as aquisições não visam alterar a estrutura administrativa da HRT.

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Grupo Rede pede recuperação judicial nos EUA
A Rede Energia (REDE4), cujo plano de recuperação judicial já foi aprovado pela Justiça brasileira, entrou com o mesmo pedido nos Estados Unidos, de acordo com informações da Dow Jones Newswires. A recuperação judicial foi pedida segundo o capítulo 15 da lei de falências americana, que trata de insolvências internacionais, e arquivada no Tribunal de Falências de Manhattan. 

Lazard atinge 6% da Via Varejo
A Lazard Asset Managment atingiu participação de 6% no capital da Via Varejo (VVAR3), segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na última sexta-feira. De acordo com o comunicado, a gestora de recursos norte-americana tem 26,2 mil units da companhia. Em nota, a Lazard informou que a participação tem caráter apenas de investimento e não busca alterar a administração ou a composição do controle.