Publicidade
SÃO PAULO – A ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) iniciou nesta terça-feira (14) a 11° rodada de leilão de blocos para exploração de petróleo e gás, depois de cinco anos e meio sem oferta de lotes em águas profundas. Doze petroleiras do Brasil e 18 do exterior pagaram um recorde de bônus de assinaturas pelas concessões: R$ 2,823 bilhões, superando os R$ 2,1 bilhões da 9ª rodada, em 2007.
Ao todo, foram arrematados 142 dos 289 blocos ofertados, espalhados em 11 bacias sedimentares e que somavam área de 115,8 mil quilômetros quadrados. Deste total, 166 blocos foram oferecidos são no mar (94 em águas rasas e 72 em águas profundas) e 123 em terra.
A 11° rodada do leilão iniciou com oferta de 20 blocos na Bacia do Parnaíba, angariando nesta fatia R$ 119 milhões. Das empresas de capital aberto na BM&FBovespa, a OGX Petróleo (OGXP3) adquiriu quatro blocos, enquanto a Petrobras (PETR3; PETR4) comprou dois.
Não perca a oportunidade!
A Petrobras foi vencedora do bloco PN-T-150, num consórcio 50/50 com a Petrogal, oferencendo um valor de R$ 6,363 milhões. A estatal também adquiriu, nos minutos iniciais do leilão, o bloco PN-T-166, nos mesmos moldes de consórcio, por R$ 6,363 milhões.
Já a OGX ofereceu as melhores ofertas para os blocos PN-T-153, PN-T-168, PN-T-113 e PN-T-114, que saíram por R$ 3 milhões, R$ 4 milhões, R$ 7 milhões e R$ 6 milhões, respectivamente.
A Petra Energia arrematou oito blocos dos quais a OGX também havia mostrado interesse – PN-T-46, PN-T-47, PN-T-65, PN-T-98, PN-T-137, PN-T-152, PN-T-183 e PN-T-184, totalizando R$ 58,5 milhões.
Continua depois da publicidade
Foz do Amazonas: OGX e Queiroz Galvão vencem em dois blocos
Na segunda parte, a ANP abriu para ofertas de 14 blocos na Bacia da Foz do Amazonas. A OGX adquiriu o bloco FZA-M-184, por R$ 30 milhões, e a Queiroz Galvão (QGEP3), num consórcio formado com a Premier Oil (35%) e Pacific Brasil Exploração e Produção (30%), ofereceu a melhor oferta para o bloco FZA-M-90, de R$ 54,127 milhões, ambos em águas profundas.
A Petronas, empresa que adquiriu recentemente 40% de dois blocos na Bacia de Campos da OGX, fez oferta para dois blocos na Bacia da Foz do Amazonas – FZA-M-88 e FZA-M-90, mas não levou nenhum.
Vale ressaltar ainda que a britânica BP levou o bloco FZA-M-57, num consórcio firmado com a Petrobras (30%), por R$ 345,950 milhões – o maior lance feito na primeira parte do leilão. A estatal, no entanto, não entra nesse bloco como operadora.
Barreirinha: OGX arremata blocos por R$ 120 mi
A próxima bacia que entrou em leilão foi de Barreirinhas. A OGX arrematou o bloco BAR-M-213, em uma oferta única, por R$ 40 milhões, em águas profundas, e mais outros dois blocos em águas rasas – BAR-M-251 e BAR-M-389 -, por R$ 120 milhões.
Potiguar: Petrobras leva 3 blocos
A quarta bacia a entrar em leilão foi a de Potiguar. Entre as empresas participantes listadas na bolsa, a Petrobras levou dois blocos – POT-T-613 e POT-T-614 -, ambos em terra, no total de R$ 1,407 milhão.
Já em águas profundas, a Petrobras levou o bloco POT-M-764, por R$ 8 milhões, num consórcio com a Petrogal (20%) e BP Exploration (40%). A OGX venceu o leilão do bloco POT-M-475, por R$ 20 milhões.
Continua depois da publicidade
Espírito Santo: Petrobras vence em 5 blocos
A quinta bacia a ser leiloada foi a do Espírito Santo. A Petrobras levou 3 blocos – ES-T-485, ES-T-486 e ES-T-495 – em terra, por R$ 7,560 milhões, além de vencer o leilão em mais 2 blocos – ES-M-596 e ES-M-669 – em águas profundas, por R$ 232 milhões.
Nos três blocos, a companhia tem 100% de participação, enquanto nos blocos em águas profundas, o primeiro é um consórcio com a Statoil Brasil (50%), e o segundo, é um consórcio com a Total E&P do Brasil (25%) e Statoil Brasil (35%).
Sergipe-Alagoas: Petrobras leva 2 blocos
Já na Bacia Sergipe-Alagoas, a Petrobras foi a única empresa listada em bolsa que fez ofertas por blocos. A estatal levou 2 blocos – SEAL-T-61 e SEAL-T-67 -, por R$ 2,680 milhões. Ambos os blocos são em terra.
Continua depois da publicidade
Tucano: ANP coloca em leilão 20 blocos
Na Bacia Tucano, a ANP colocou em leilão 20 blocos, porém nenhum empresa listada na Bovespa venceu a disputa. A grande protagonista desta área foi a Petros, que saiu com 15 blocos.
OGX leva 1 bloco na Ceará; QGEP é protagonista na Pará-Maranhão
Na Bacia Ceará, a ANP listou 6 blocos em águas profundas. A OGX levou o bloco CE-M-663, por R$ 70 milhões. A outra empresa que havia mostrado interesse pela mesma área foi a Maersk Oil Brasi, que ofereceu R$ 35,128 milhões.
O valor total desembolsado pela empresa de Eike Batista nas concessões vencidas como operadora é de R$ 300 milhões. A companhia ainda adquiriu mais três blocos em parcerias com a norte-americana Exxon, a francesa Total e a brasileira Queiroz Galvão.
Continua depois da publicidade
Já na Bacia Pará-Maranhã, a Queiroz Galvão foi a protagonista, levando dois blocos – PAMA-M-265 e PAMA-M-337. Ambos um consórcio com a Pacific Brasil, com participação de 30% e 50%, respectivamente. A empresa ofereceu pelas áreas R$ 80,479 milhões.
A Queiroz Galvão também venceu o leilão dos blocos PEPB-M-894 e PEPB-M-896, na Bacia Pernambuco-Paraíba, por R$ 2,920 milhões. Ambos são um consórcio com a Petra Energia (70%).
Entenda o leilão
Ao todo, são 30 empresas inscritas na ANP como operadoras “A” (que podem disputar, como líderes de consórcios, blocos em águas profundas e ultraprofundas). Se todos os blocos forem vendidos pelo preço mínimo, a arrecadação será de R$ 627 milhões, sem contar os R$ 3 bilhões de investimentos estimados para o cumprimento do programa exploratório mínimo exigido por contrato.
Continua depois da publicidade
Todas as companhias nacionais com capital aberto estão inscritas – Petrobras, OGX, HRT (HRTP3) e Queiroz Galvão (QGEP3). A HRT, no entanto, não fez nenhum lance por blocos no leilão.