OceanPact: a “maré de oportunidades” que reforçou ânimo do mercado após Investor Day

Analistas reiteraram recomendação de compra, sendo que o Itaú BBA elevou o preço-alvo após o evento

Felipe Moreira

Publicidade

Depois de participar do Investor Day da OceanPact (OPCT3), o Itaú BBA reiterou recomendação de compra e elevou o preço-alvo de R$ 7,60 para R$ 9 (potencial de alta de 36% frente o fechamento de terça-feira), uma vez que a empresa “navega em uma maré de oportunidades”.

Os analistas do BBA comentam. que desde que inicio a cobertura em setembro de 2023, a ação subiu 30%, confirmando a visão de que se beneficiaria das taxas diárias mais altas resultantes do mercado de navios globalmente aquecido.

Dado que a tendência de aumento das tarifas diárias deverá persistir nos próximos anos devido a um mercado estruturalmente apertado e que a empresa irá renovar os contratos de mais de metade da sua frota de navios até 2026, o BBA avalia que o crescimento potencial das receitas ainda não está plenamente precificado na ação.

Continua depois da publicidade

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos

“Considerando que as diárias de mercado cresceram 45% face ao ano passado, a empresa apresentou uma simulação que indica um Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] anual potencial de R$ 857 milhões, considerando todos os navios remunerados às diárias de mercado atuais”, diz o relatório.

Além disso, o Itaú BBA acredita que as boas perspectivas de uma decisão favorável nas ações judiciais envolvendo a UP Coral e a UP Turquoise provavelmente se traduzirão em uma distribuição significativa de dividendos aos acionistas no futuro (cerca de R$ 300 milhões de efeito caixa, nas estimativas do banco).

Continua depois da publicidade

Em termos de avaliação, os analistas do BBA comentam que as ações da OceanPact estão sendo negociadas a um valor da empresa em relação ao resultado operacional (EV/Ebitda) de 4,7 vezes para 2024, 4,1 vezes para 2025 e 2,7 vezes para 2026.

O JPMorgan também reiterou otimismo após apresentação e manteve recomendação equivalente à compra com preço-alvo de R$ 8,50.

A Oceanpact apresentou a dinâmica atual do mercado, mostrando uma perspectiva construtiva para o mercado de embarcações de apoio, refletida por taxas de utilização melhoradas e taxas diárias aumentadas. Especificamente no Brasil, a perspectiva permanece positiva.

Continua depois da publicidade

Segundo JPMorgan, o descomissionamento de projetos e a demanda adicional da Margem Equatorial adicionam ainda mais potencial de crescimento para o segmento.

“A Oceanpact espera alavancar vários projetos emergentes da margem Equatorial”, comentam analistas. “A região apresenta uma via de crescimento atraente e positiva, com 34 blocos tendo operadores definidos”, complementam.

Além disso, a empresa destacou os investimentos da Petrobras, que devem totalizar US$ 3,1 bilhões para exploração segundo o plano estratégico 2024-2028, com expectativas de perfurar 16 poços durante este período. A Oceanpact estima que 6 a 7 PSVs (transporte de suprimentos) e a OSRVs (combate a derramamento de óleo) serão dedicados exclusivamente à exploração durante o processo de perfuração, em linha com a última demanda da Petrobras.

Continua depois da publicidade

A Oceanpact ainda reiterou suas potenciais oportunidades de negócios com as próximas operações de descomissionamento. Somente a Petrobras (PETR4), em seu plano estratégico 2024 a 2028, possui um portfólio de descomissionamento com média de US$ 11,4 bilhões.

A administração indicou que as empresas já estão planejando e contratando serviços para os próximos anos, com a OceanPact já envolvida. Esses serviços incluem trabalhos potenciais em estruturas de superfície, poços, acessórios e sistemas submarinos, que são áreas de foco da empresa.

Inscreva-se no minicurso de Day Trade gratuito que ensina a operar menos de 30 minutos por dia