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Em seu Investor Day, realizado nos dias 16 e 17 de outubro, a Equatorial (EQTL3) apresentou suas diretrizes estratégicas após se tornar acionista de referência da Sabesp (SBSP3), com 15% das aquisições da empresa, destacando os negócios de Distribuição e Saneamento como os melhores segmentos para crescer.
Nesse contexto, a companhia apontou que principal desafio é cumprir as metas de universalização estipuladas no contrato de concessão Sabesp.
De acordo com a XP, o relacionamento com os fornecedores será uma questão fundamental, e a Equatorial espera que a transição de uma empresa estatal atrelada a regras de aquisição longas e burocráticas para uma empresa privada ajude a superar isso.
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Uma tarefa mais de curto prazo é aproximar os descontos dos níveis regulatórios. Para isso, a Equatorial acredita que a governança da Sabesp é fundamental, contratando executivos qualificados para o conselho e a administração. A excelência operacional da Sabesp foi outro ponto destacado durante o dia. Outra tarefa é a validação da RAB da Sabesp – até agora não houve nenhuma surpresa.
Para o setor de saneamento e distribuição, a Equatorial acredita que, após as renovações de concessão (previstas para ocorrer até o primeiro semestre 2025), alguns players poderão vender seus negócios. Além disso, segundo a XP, suas próprias concessões exigirão investimento forte para atender seus mercados em crescimento ou para atingir suas metas em termos de qualidade de serviço exigidas pelo regulador. No setor de saneamento, ainda há diversas concessões a serem leiloadas, incluindo áreas onde a empresa atua no ramo de distribuição.
Em termos de alavancagem financeira, com a venda da concessão de transmissão SPE07 e a recente emissão de ações, a alavancagem da Equatorial teve um impacto reduzido. De acordo com a Equatorial, a relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentaria ligeiramente para 3,4 vezes, de 3,2 vezes (incluindo a equivalência patrimonial da Sabesp no Ebitda).
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Em relação à Sabesp, a Equatorial conta com a expertise e a sólida governança do grupo para atingir seu principal desafio: atingir as metas de universalização com eficiência. A XP acredita que a Equatorial está no caminho certo, com foco nos segmentos que parecem oferecer melhores oportunidades e em seu próprio histórico de recuperação de concessões. Dessa forma, a corretora reitera recomendação de compra.
Já o Itaú BBA destaca que a Equatorial tem uma equipe dedicada em analisar oportunidades de crescimento em saneamento. “Quando chegar a hora, a Equatorial e a Sabesp discutirão potenciais oportunidades de crescimento e determinarão a melhor estrutura para participação”, diz relatório.
De acordo com a governança estabelecida durante o processo de privatização, a Sabesp tem exclusividade em São Paulo e direito de primeira oferta em outros estados. Para transações fora de São Paulo, as propostas podem ser feitas por meio da Sabesp, uma joint venture entre a Sabesp e a Equatorial, ou diretamente pela Equatorial se o conselho da Sabesp decidir não participar.
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A Equatorial sinalizou que o foco da Sabesp é atingir as metas de universalização e evitar potenciais penalidades do fator U.
O Itaú BBA disse ver oportunidades significativas de crescimento em 2025, com vários leilões de saneamento programados, e acredita que a Equatorial e a Sabesp têm uma vantagem competitiva na licitação de concessões de saneamento em estados onde existem sinergias operacionais com as operações de distribuição da Equatorial, como Maranhão e Pará.
Para o banco, a Equatorial está sendo negociada a uma atrativa taxa interna de retorno real (TIR) de 12,6%, que está acima de sua média histórica e representa um prêmio de 600 pontos-base sobre os títulos do tesouro brasileiro. Com isso, o banco mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 50,10.
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O Goldman Sachs, por sua vez, avalia como particularmente positivo o fato da Equatorial continuar ativa em leilões e fusões e aquisições (M&A), mesmo após a recente aquisição da Sabesp, já que alguns investidores mencionaram que o investimento poderia afetar o foco da gestão e limitar espaço para novas M&A no curto prazo.
O Goldman Sachs mantém recomendação de compra para a Equatorial, com um preço-alvo de R$ 44,00, pois vê a empresa como uma das principais escolhas sob sua cobertura em Utilities (junto com Sabesp e Copel). O banco consideramos a empresa como uma das melhores na alocação de capital, ainda negociando a uma avaliação atraente (com uma TIR real de 10,5%, sem incluir a aquisição da participação da Sabesp).
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