SÃO PAULO – Assunto debatido há cerca de um ano, o chamado halving do Bitcoin está previsto para acontecer no próximo dia 12 de maio. E, mesmo sendo algo previsto na base da criptomoeda, ainda não é entendido por todos os investidores.
O halving é um ajuste que ocorre na rede do Bitcoin e que reduz pela metade a recompensa dos mineradores, o que tem como consequência um corte na oferta de novas criptomoedas. E isso garante a característica deflacionária deste ativo.
A mineração é um processo em que computadores são usados para gerar novos bitcoins. Isso é feito com uso da força de processamento destas máquinas, que resolvem complexos problemas matemáticos para concluírem cada bloco onde estão as informações da rede do Bitcoin, criando assim uma “cadeia de blocos”, ou como é conhecido, a blockchain.
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Estes computadores são chamados de mineradores, e para cada bloco que eles concluem eles são recompensados com novos bitcoins, é assim que se criam novas moedas.
Segundo as regras estabelecidas na criação do Bitcoin, existe um ajuste nesta recompensa, que é diminuída em 50% a cada 210 mil blocos, ocorrendo a cada 4 anos, é o chamado halving e que deve acontecer na semana que vem.
Esta é a terceira vez que ocorre o ajuste, que inicialmente era de 50 bitcoins para cada bloco e hoje é de 12,5 bitcoins, sendo que passará a ser de 6,25 em breve.
Serão ao todo 32 eventos de halving de bitcoin e uma vez que todos tenham acontecido, não haverá mais halvings e também não serão criados novos bitcoins. A previsão é que em 2140 ocorra a mineração do último dos 21 milhões de bitcoins que irão existir.
Partindo dos princípios básicos de economia, como a oferta de novos bitcoins será reduzida e a demanda tende a, pelo menos, se manter, haverá uma pressão de alta sobre o preço. Apesar disso, especialistas se dividem sobre o tamanho deste impacto.
No primeiro halving, em novembro de 2012, o bitcoin era negociado na faixa dos US$ 12, passando para mais de US$ 1 mil um ano depois, com um grande aumento no volume de negociação.
Já no segundo ajuste, em setembro de 2016, o bitcoin estava abaixo de US$ 700, saltando para o que hoje ainda é sua máxima de cerca de US$ 20 mil um ano depois.
Especialistas agora tentam entender se este impacto de dobrar o preço do Bitcoin irá se repetir mais uma vez e há quem projete que em 12 meses veremos uma nova máxima histórica da criptomoeda, apesar de não ser algo unânime entre as avaliações.
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