O maior inimigo dos bancos voltou: PDDs sobem 4% em 2016 e batem recorde de R$ 93 bilhões

Considerando os 18 maiores bancos do país, os PDDs cresceram 3,9% em 2016 para R$ 93,3 bilhões

Mário Braga

Ilustração sobre dívidas
Ilustração sobre dívidas

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SÃO PAULO – Uma das maiores dores de cabeça dos bancos, com efeitos diretos sobre seus balanços, ficou maior no ano passado. Os PDDs (Provisionamento de Devedores Duvidosos), recursos reservados para cobrir eventuais calotes de clientes, avançaram 3,9% em 2016, para R$ 93,3 bilhões.

Os números constam em levantamento da consultoria Economatica, que analisou os balanços dos 18 maiores bancos do país. Deste total, o valor provisionado pelas cinco maiores instituições financeiras representa 93,9% da amostra.

Neste universo, os PDDs cresceram 4,3% em 2016, para o nível recorde de R$ 87,7 bilhões.  O detalhamento dos dados revela que o acréscimo se deve à elevação dos PDDs do Bradesco e do Banco do Brasil, uma vez que Itaú Unibanco, Santander e BTG Pactual registraram retração nos provisionamentos.

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Veja abaixo a tabela com os dados de provisões das cinco maiores instituições financeiras do país:

PDDs (Provisionamento de Devedores Duvidosos) em R$ bilhões
Banco 2015 2016 Variação em %
Bradesco R$ 20,611 R$ 24,166 17,2%
Banco do Brasil R$ 25,776 R$ 28,650 11,2%
Itaú Unibanco R$ 22,427 R$ 21,582 -3,8%
Santander R$ 13,240 R$ 13,240 -10,4%
BTG Pactual R$ 0,568 R$ 0,097 -82,9%

Fonte: Economatica

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