Número de empresas com vendas pela internet cresce 79,2% entre 2019 e 2022

Atividades varejistas com maior participação são informática, comunicação e artigos de uso doméstico, material de construção e tecidos, vestuário, calçados e armarinho

Gabriel Garcia

Compra online em e-commerce feita com cartão de crédito
(Anna Shvets/Pexels)
Compra online em e-commerce feita com cartão de crédito (Anna Shvets/Pexels)

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Entre 2019 e 2022, o número de empresas comerciais com vendas pela internet passou de 1,9 mil para 3,4 mil, um aumento de 79,2%. Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2022, divulgada nesta quinta-feira (25) pelo IBGE.

A internet aparece no questionário da PAC como uma das formas de comercialização de que dispõem as empresas, que incluem vendas por sites, aplicativos, mídias sociais e aplicativos de mensagens instantâneas.

“Em 2019, apenas 4,7% das empresas realizavam algum tipo de comercialização por Internet e, em 2022, esse valor subiu para 8,0%. Houve um salto de 2019 para 2020, que já era esperado por conta da pandemia, e depois, um crescimento menor nos anos seguintes”, diz Marcelo Miranda, analista da pesquisa.

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As atividades varejistas com maior participação no número de empresas que comercializam por internet são informática, comunicação e artigos de uso doméstico (20,3% do total), material de construção (16,3%) e tecidos, vestuário, calçados e armarinho (15,0%).

“O setor de informática, comunicação e artigos de uso doméstico foi o mais relevante em relação ao total de empresas do comércio varejista que vendem pela internet. Mas também foi o que teve maior perda de participação desde o período pré-pandemia, uma queda de 4,2 pontos percentuais”, afirma Miranda.

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Em relação ao período pré-pandemia, o percentual de receita bruta do varejo relacionada às compras realizadas pela Internet aumentou de 5,3%, em 2019, para 8,4%, em 2022.  Mas, na comparação com 2021, houve redução de 0,7 p.p.

“Em 2022, principalmente a partir do segundo semestre, quando houve a abertura completa do comércio e dos serviços e as restrições foram eliminadas, as vendas que não são pela Internet podem ter sido impulsionadas, fazendo com que a relevância do comércio online tenha caído”, diz o analista da pesquisa.