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LISBOA – O Novo Banco, o “banco bom” que resultou da cisão do antigo Banco Espírito Santo (BES), iniciou sua atividade com cerca de € 59,6 bilhões, expurgando cerca de € 4,4 bilhões de ativos problemáticos para o “banco ruim”.
As contas do “banco ruim” são de importância crucial para os acionistas do BES e detentores de bônus subordinados, uma vez que as chances de recuperar o dinheiro investido depende da recuperação dos empréstimos do banco para o império de negócios da família fundadora Espírito Santo.
O Novo Banco não revelou o montante de ativos tóxicos deixados para trás no “banco ruim” pelas subsidiárias do BES como Banco Espírito Santo Angola (Besa), que tem uma carteira de empréstimos problemática. Na segunda-feira, Angola nomeou administradoras para gerenciar a unidade endividada.
As provisões do Novo Banco ficaram em € 1,7 bilhão.
O total de obrigações do Novo Banco ficou em € 58,2 bilhões, incluindo quase € 32 bilhões em recursos de clientes, a maioria depósitos. Os compromissos de dívida sênior ficaram em € 8,06 bilhões, a mesma quantia no antigo BES.
A carteira de crédito do Novo Banco é de cerca de € 32,9 bilhões, abaixo dos € 34,2 bilhões que o BES tinha.
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O plano de resgate do BES, revelado no fim do domingo, envolveu a injeção de € 4,9 bilhões no banco, a maioria via empréstimo do governo, e a divisão da instituição financeira no Novo Banco e no “banco ruim”, que abriga a exposição aos negócios da família controladora do BES e outros ativos problemáticos.