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SÃO PAULO – A sexta-feira é movimentada no noticiário corporativo, com novas especulações sobre a Vale, possível nova sociedade na Renova e mais notícias. Veja os destaques desta sexta (3):
Vale
A “novela” sobre uma possível mudança no comando da Vale (VALE3;VALE5) segue no noticiário. Segundo a Folha de S. Paulo, chamado para uma conversa com o presidente interino Michel Temer em 21 de maio, Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, expôs o sentimento do banco e de outros controladores da mineradora: uma troca repercutiria mal em Wall Street. Sócios defendem que Ferreira conclua o mandato (2017) e lamentam que o PMDB tenha poder de mexer em uma empresa do porte da Vale. De acordo com a Folha, o governo planeja trocar o comando da Vale apenas a votação do impeachment.
Murilo Ferreira, presidente da Vale, está enfrentando o maior colapso do mercado de commodities de uma geração e o pior desastre ambiental do Brasil de todos os tempos. Mas sua maior ameaça pode ser política. Alguns membros do PMDB querem pressionar o governo para trocar Ferreira por ligações com a presidente afastada Dilma Rousseff, destacou a Bloomberg, citando duas pessoas com conhecimento do assunto. Os ex-diretores da Vale, José Carlos Martins e Tito Martins estão sendo cotados para substituir Ferreira, de acordo com outras duas pessoas
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Carla Grasso, que trabalhou na empresa até 2011 e agora está no FMI, também é candidata à vaga, disse uma das pessoas à agência de notícias.
Eletrobras
A Eletrobras (ELET3; ELET6) informou que apresentou na quinta-feira, 2, um “Request for Review” junto à Bolsa de Nova York (NYSE), com os temas que pretende contemplar no recurso a ser apresentado no âmbito do processo de deslistagem dos American Deposit Shares (ADS) emitidos pela companhia. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal informa que a Nyse agendará data para apresentação do recurso propriamente dito.
As negociações dos papéis da estatal foram suspensos pela bolsa americana no último dia 18, porque a empresa não entregou o Formulário 20-F relativo às demonstrações contábeis de 2014, como exige a agência reguladora do mercado financeiro dos Estados Unidos, a SEC. A dificuldade de a companhia concluir o arquivamento do 20-F, referente aos anos de 2014 e 2015, está relacionada ao fato de que a estatal ainda está realizando investigações internas sobre irregularidades em contratos feitos pelas empresas que compõem o grupo.
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Essas investigações foram iniciadas depois da citação da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, em denúncias relacionadas à operação Lava Jato. Depois, foram ampliadas na medida em que outras empresas estavam sendo envolvidas, conforme as fases da Lava Jato foram avançando. Sem a conclusão da investigação, auditores externos – a KPMG, neste caso – se recusam a assinar um balanço sem ressalvas. E a SEC não aceita um 20-F com ressalvas.
Além disso, a Eletrobras e a Petrobras (PETR3;PETR4) discutem acordo de confissão de uma dívida de R$ 5,449 bilhões que as distribuidoras da elétrica têm com a petroleira e com a BR Distribuidora referente ao fornecimento de gás e óleo combustível entre dezembro de 2014 e abril de 2016, informa o jornal Valor Econômico.
Usiminas
O pedido da Nippon Steel para bloquear indicação de novos executivos para a Usiminas (USIM5), incluindo o presidente Sergio Leite de Andrade, foi negado por um tribunal de Minas Gerais, segundo 2 pessoas com conhecimento do assunto ouvidas pela Bloomberg.
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A Nippon disse no mês passado que a indicação dos executivos havia sido feita sem seu prévio consentimento, o que violaria o acordo de acionistas. Nippon e Ternium são co-controladores da Usiminas
Além disso, informa o jornal Valor Econômico, a Prefeitura de Cubatão, na Baixada Santista, trabalha para reativar a siderúrgica da Usiminas, cujo encerramento da produção do aço, no início do ano, gerou uma das maiores crises na região.
Restoque
Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Restoque (LLIS3) e a Inbrands confirmam a assinatura de um memorando de entendimento entre as duas. De acordo com o documento, o objetivo é a combinação de 100% da operação das empresas.
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As empresas devem trabalhar nas próximas semanas em “due diligence” recíproco, diz o comunicado, que explica ainda que a companhia resultante considerará oferta pública de ações para captar recursos, com ancoragem dos principais acionistas.
Segundo o Bradesco BBI, por si só, o negócio não parece melhorar muitos as coisas para ambas empresas e vê potencial diluição. Há uma “boa relação risco/prêmio somente se Inbrands vier com grande desconto”, destaca o banco.
Energisa
A Energisa (ENGI4) pediu à CVM autorização para fazer uma oferta de units, que serão representadas, cada uma, por uma ação ordinária e quatro preferenciais, segundo informou a companhia em fato relevante.
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A empresa pretende fazer a oferta pública de distribuição primária de determinada quantidade de units lastreadas em ações ONs e PNs. Segundo o comunicado, os coordenadores são o Citigroup Global Markets Brasil, Bradesco BBI, Bank of America Merrill Lynch, Banco Múltiplo e BTG Pactual. O preço das units será decidido após bookbuilding.
Atom
A Atom (ATOM3) ressaltou em comunicado ao mercado que realizará nesta sexta-feira (3) um grupamento de suas ações na proporção de 5 para 1. A diretora de Relações com Investidores, Ana Carolina Paifer, comentou ainda sobre um suposto pedido de recuperação judicial da companhia.
Segundo ele, não foi recebido ainda o documento oficial, “mas adiantamos que nossa equipe já está trabalhando na contestação e que entendemos que infelizmente houve um equívoco no processo”. “Estamos tomando todas as providências para que seja corrigido este equívoco, uma vez que a Companhia não pertence ao antigo controlador e a mesma não possui ativos que poderiam ajudar aos credores da antiga controladora. Assim que a companhia for notificada oficialmente, novos comunicados com atualizações serão publicados”, afirmou.
Daycoval
O Banco Daycoval (DAYC4) comunicou que o Colegiado da CVM aprovou prosseguimento de OPA (Oferta Pública de Aquisição) da companhia.
Marfrig
Após emitir US$ 750 milhões em títulos na última semana, a Marfrig (MRFG3) não deve fazer outras operações do gênero no exterior este ano, indicou o vice-presidente de finanças e relações com investidores da empresa, Eduardo Miron, ao jornal Valor Econômico. “Não esperamos uma nova emissão de bonds para este ano”, afirmou ele, por e-mail, ao jornal.
Minerva
A Minerva (BEEF3) teve perspectiva alterada de positiva a estável por Moody’s, que manteve o rating B1 da companhia.
Renova
A Renova (RNEW11) pode ter novo sócio no bloco de controle em três meses, disse a Reuters. O novo sócio entraria injetando recursos em um aumento de capital que provavelmente não seria acompanhado pelos demais acionistas. O aporte seria utilizado para concluir a construção de um complexo eólico na Bahia e reduzir dívidas.
(Com Reuters)