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O Nubank (ROXO34) deve expandir seu portfólio de empréstimos consignados privados, que atualmente é de R$ 1,5 bilhão, para até R$ 37 bilhões até 2027, segundo relatório do Goldman Sachs enviado ao mercado nesta quinta-feira (30).
Os analistas contabilizam que a fintech tem uma base de clientes que representa 35% do mercado de consignados e que, por conta disso, pode aproveitar o acordo entre o presidente Lula (PT) e o setor bancário de criar uma nova plataforma virtual para o crédito consignado privado, que será acessível a qualquer pessoa com carteira de trabalho assinada.
Uma das inovações é o uso do e-Social para a liberação de crédito, o que, segundo o governo, permitirá taxas mais acessíveis para os trabalhadores. O modelo atual de crédito consignado privado não vingou porque, dizem os especialistas, exige a garantia do empregador. Como a nova base será acessada por meio do e-Social, a ideia é facilitar a negociação diretamente entre bancos e trabalhadores, sem a intermediação do empregador. O movimento pode triplicar o tamanho do mercado de consignados, de R$ 40 bilhões para até R$ 120 bilhões.
Com isso, o Nubank, que já está alinhado com as mudanças e tem acordos com entidades públicas, espera ampliar sua carteira de clientes de 10 milhões, o que ajudaria a diminuir a diferença em relação aos seus concorrentes, como Santander e Itaú.
Para o Goldman Sachs, a fintech tem se preparado para competir de forma mais agressiva com esses bancos tradicionais, que hoje dominam o mercado de empréstimos consignados. A digitalização e a simplificação no processo de empréstimo devem ser as principais vantagens do Nubank, permitindo-lhe capturar uma parte maior do crescimento do setor nos próximos anos.