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As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em queda firme nesta sexta-feira, 26, refletindo uma conjunção de fatores. No exterior, a inflação dos Estados Unidos, de 0,3%, pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) veio dentro do esperado, embora ainda forte, promovendo leve aceleração da queda dos juros dos Treasuries.
Na avaliação de analistas, a reação dos mercados foi comedida porque ontem houve avanço significativo das taxas em resposta ao resultado trimestral do índice, o preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Por aqui, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de abril (0,21%) abaixo da mediana das estimativas (0,29%) contribui para os ajustes. Eduardo Velho, estrategista-chefe da JF Trust, cita a fala “dovish” de Roberto Campos Neto agora pela manhã, com a percepção do mercado de que neste momento ele não se preocupa com a inflação de curto prazo, mas principalmente com a convergência das estimativas para as metas de 2025 e 2026. O profissional ainda cita avanços pontuais do governo no campo fiscal, que desde ontem favoreceram algum alívio na curva de juros.
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Uma evidência do efeito da fala de Campos Neto, segundo Eduardo Velho, é a queda mais forte na ponta curta da curva de juros.
Às 11h28, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,215%, contra 10,328% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2026 projetava 10,44%, na mínima do dia, ante 10,616% do ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 10,78%, de 10,957%. E a taxa de janeiro de 2029 era de 11,32%, de 11,44%.