Natura (NTCO3) reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 766,7 milhões no segundo trimestre

Companhia viu as receitas da Avon e da The Body Shop recuarem e ainda registrou maior gasto financeiro

Vitor Azevedo

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A Natura (NTCO3) teve um prejuízo líquido de R$ 766,7 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo lucro de R$ 234,8 milhões do mesmo período do ano passado.

A inversão do número, em parte, acompanha a queda da receita, que foi de 8,6% – saindo de R$ 9,5 bilhões para R$ 8,7 bilhões.

A companhia registrou também um recuo de 14,3% do seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), que foi de R$ 694,9 milhões. A margem Ebitda saiu de 8,5% para 8%.

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A Natura viu sua receita líquida com a Avon International cair 25,4%, para R$ 1,6 bilhão. Na The Body Shop, o faturamento recuou 25,3%, para R$ 909,4 milhões. O único segmento que avançou foi a Natura na América Latina, com alta de 0,4%, para R$ 5,5 bilhões.

“A América Latina registrou um aumento de vendas de 5,6% na comparação com o segundo trimestre de 2021, enquanto o desempenho da Avon International melhorou na maioria das regiões, mas caiu 5,8%,  excluindo Rússia e Ucrânia”, comenta a companhia no documento publicado na noite desta quinta-feira (11). “A The Body Shop ainda mostra tendência de queda em relação a 2021, uma vez que a lenta recuperação do varejo não compensou a desaceleração da The Body Shop At Home e do e-commerce”.

Ao mesmo tempo, a Natura gastou 3% menos com suas mercadorias vendidas indo a R$ 3,2 bilhões – em parte por conta dos menores volumes negociados.

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As despesas com vendas, gerais e administrativas, recuaram 9,7%, chegando a R$ 5,3 bilhões. As despesas consolidadas com vendas, marketing e logística atingiram 43,6% da receita líquida, queda de 20 pontos-base no ano. As administrativas caíram percentualmente na mesma magnitude, atingindo 16,4% da receita.

“As iniciativas de economia estão gerando efeitos recorrentes de aproximadamente US$100 milhões na Avon International, conforme
incluído em nosso guidance de longo prazo. Estas economias compensaram parcialmente os impactos da desalavancagem de vendas,
inflação, maiores custos de frete, efeitos de câmbio desfavoráveis e maiores investimentos para acelerar o crescimento de Natura”, explica a empresa.

Por fim, a companhia tve um suas despesas financeiras ficando em R$ 426,8 milhões, alta de 107,7% no ano. A alta é explicada, principalmente, com a perda de derivativos relacionados à taxa de juros e com despesas com a variação cambial.

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A Natura fechou junho com uma dívida líquida de R$ 5,07 bilhões, ante R$ 4,04 bilhões no mesmo mês do ano anterior.

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