Natura (NTCO3) registra prejuízo 4,6% menor no 2º trimestre para R$ 731 milhões

Lucro foi impactado por elevadas despesas financeiras; Ebitda avançou

Equipe InfoMoney

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A Natura & Co (NTCO3) registrou um prejuízo líquido de R$ 731,9 milhões, cifra 4,6% inferior à reportada um ano antes, de 766,8 milhões.

A empresa informou que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 753,1 milhões, alta de 25,8%, com margem ajustada de 9,7% – alta de 2,3 ponto porcentual (p.p.).

Enquanto isso, o Ebitda reportado subiu 15,6%, para R$ 455,7 milhões, com uma margem de 5,9%, aumento de 1,0 p.p..

Conforme a Natura, o prejuízo ocorreu já que o Ebitda mais elevado, seja o ajustado ou o reportado, foi parcialmente compensados por maiores perdas das operações descontinuadas (principalmente impactado pela margem mais baixa na Aesop).

A Natura aponta ainda que resultado líquido (underlying), que exclui custos de transformação, custos de reestruturação, operações descontinuadas e efeitos do PPA, ficou negativo em R$ 219 milhões, menor do que o reportado um ano antes.

A receita líquida total da empresa somou R$ 7,773 bilhões, queda de 4,1%. No entanto, considerando a variação em moeda constante, houve alta de 1,9%.

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Conforme a empresa, o crescimento em moeda constante foi impulsionado pelo forte desempenho de Natura Latam (+19,5%).

Entretanto, esse desempenho foi parcialmente compensado por resultados na The Body Shop (-12,5%) em CC) e na categoria Casa e Estilo da Avon na América Latina (-36,9%).

“A dinâmica de receita da Avon International continua melhorando”, destacou a empresa, citando a alta de 7,5% na comparação com 1º trimestre. Na comparação anual, porém, houve queda de 1,3%.

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Resultados Natura

Em mensagem que acompanha o relatório de administração, o CEO da companhia, Fábio Barbosa, afirma que o desempenho foi impulsionado, principalmente, pela margem bruta, “beneficiada pelos efeitos do mix, parcialmente compensados por investimentos e pela inflação”.

“O lucro líquido continua impactado pelas elevadas despesas financeiras, que serão endereçadas na conclusão da venda da Aesop, prevista para ocorrer no terceiro trimestre de 2023”, afirmou Barbosa.

Ao final do 2º trimestre, a Natura & Co Holding contava com uma dívida líquida de R$ 10,032 bilhões, ante R$ 9,4 bilhões da posição final do 1º trimestre e de R$ 8,498 bilhões de um ano antes.

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Assim, a relação entre a dívida líquida e o Ebitda – excluindo IFRS 16 – ficou em 7,24 vezes ao final do segundo trimestre, ante 3,46 vezes do mesmo período de 2022.

Conforme a Natura, a melhora é resultado do Ebitda, combinado com uma melhor dinâmica de capital de giro operacional em todas as unidades de negócios, resultando em um menor consumo sazonal de caixa da perspectiva de fluxo de caixa livre para empresa.

No entanto, os números gerais ainda são impactados por maiores despesas financeiras líquidas, impactando “o fluxo de caixa livre to equity“.