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A Natura (NTCO3) registrou lucro líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 695,4 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), montante 292% superior ao reportado no mesmo trimestre de 2020.
O resultado foi impulsionado principalmente por novos ganhos com a integração da Avon, relacionados à otimização da estrutura corporativa, que por sua vez foi viabilizada pelo pré-pagamento dos bonds de 2022 da Avon, eliminando alguns covenants restritivos.
O resultado da Natura veio acima do projetado pelo consenso da Refinitiv, de lucro líquido de R$ 161 milhões e um resultado reportado de R$ 127,33 milhões.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 3,9%, totalizando R$ 1,543 bilhão.
Já a margem Ebitda ajustado atingiu 13,3% no período, baixa de 0,9 p.p. frente a margem registrada em 4T20.
A receita líquida somou R$ 11,643 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, baixa de 3% na comparação com igual etapa de 2020.
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O lucro bruto totalizou R$ 7,585 bilhões no 4T21, queda de 1,7% em relação ao mesmo trimestre de 2020.
A margem bruta foi de 65,1% no 4T21, alta de 0,8 p.p. em relação ao 4T20.
Analise do balanço da Natura (NTCO3)
Analistas do Bradesco BBI destacam que a Natura & Co. apresentou resultados no 4T21 3% abaixo da estimativa de receita, mas que Ebitda ficou 24% acima das expectativas, com margens acima das esperadas.
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Quanto ao turnaround da Avon, os números mostram uma situação ainda difícil no Brasil com queda de 27% nas vendas, mas o feedback qualitativo da administração indica que o Brasil virou a esquina, e que o primeiro mercado hispânico LatAm (Equador) a lançar o novo modelo comercial está mostrando resultados decentes.
A Avon International continua fraca, -18% em relação a 2019, mas pelo lado positivo, a reestruturação de custos está se concretizando.
Os analistas mantêm visão positiva sobre as ações porque, embora as tendências de receita de curto prazo sejam desafiadoras, acreditam que essas deve diminuir até 2022 e ainda enxergam uma tese atraente de longo prazo baseada em: reviravolta da Avon, crescimento em novas regiões, expansão de margem e eventualmente múltiplos de avaliação mais altos.
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O banco mantém classificação outperform para Natura, e preço-alvo de R$ 55,00 frente a cotação de quarta-feira (9) de R$ 23,97.
Sinergias mais rápidas
Em relatório sobre o resultado, a XP destacou que a Natura (NTCO3) teve fortes resultados do 4T21, capturando sinergias mais rápido que o esperado
Os analistas explicam que os números da Natura foram impulsionados principalmente pelas sinergias da Avon. A receita líquida consolidada veio em linha com as estimativas e caíram 3% A/A frente a um cenário macro desafiador, base de comparação desafiadora e impactos da variante Ômicron.
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No entanto, a rentabilidade foi o principal destaque, com as sinergias da Avon surpreendendo positivamente (50% já capturadas em 2021 vs. 40% esperados), e com a Avon Internacional apresentando uma margem Ebitda de 10,7%, beneficiada por uma combinação de efeitos estruturais e pontuais.
O lucro líquido acima do esperado foi beneficiado pela melhora dos resultados operacionais, combinado com um efeito fiscal positivo resultante da simplificação da estrutura da América Latina com a integração da Avon, que a XP espera continuar a ver ao longo dos próximos trimestres.
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