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Não dá para operar o índice sem saber antes as notícias do dia e impactos, diz trader

Alexandre Schott, que passou a atuar no mercado financeira em 2016, conta de seu bem-sucedido operacional

Augusto Diniz

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O niteroiense Alexandre Schott já tinha mais de 20 anos de trabalho no Ministério Público quando em 2016 decidiu realizar novos projetos na vida. Conversando com um amigo, ele o sugeriu de atuar no mercado financeiro.

Isso era 2016. Daí, foi procurar ganhar conhecimento na área. “Fiz dois anos de curso, depois continuei estudando”, lembra. A partir disso, resolveu operar no day trade.

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Preferência pelo mini-índice

“Fui tentando descobrir meu caminho, o que era bom para mim e acabei me especializando no índice”, diz ele, que participou do programa 25 do Arte do Trade, no canal GainCast. Segundo Schott, a opção pelo mini-índice foi por se sentir “mais confortável”. Schott até estudou operar também com dólar, mas considerou risco maior.

Mesmo não fazendo trade com dólar, ele observa atentamente o movimento da moeda americana.

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Correlações

“O dólar tem alguma relação com o índice, dependendo do macro. Não há uma correlação direta, o day trade está subindo o dólar está caindo”, diz. “Mas quando se tem no macro uma tendência de alta no dólar que reverte, e a tendência segue de alta no índice, a tendência do índice é explodir”, afirma.

“Procuro ver isso não no intraday, mas como está o comportamento numa correlação num período maior, no semanal”, conta.

Outro indicador que também olha é o S&P 500, que engloba os 500 principais ativos da bolsa de Nova York. “No intraday, por exemplo, se o S&P 500 sobe, e o Ibovespa está lateralizado ou caindo, a primeira correção que o S&P 500 fizer, o Ibov vai cair com uma facilidade incrível”, diz.

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Alexandre Schott observa bastante também o movimento dos preços dos ativos no mercado. “No trade, se puder estar a favor da tendência, a chance de fluir é maior do que na contratendência (reversões temporárias do preço dos ativos). Claro que tem trade de contratendência, tem muita gente que opera bem na contratendência e tira muito dinheiro com isso, mas se puder surfo a tendência, para ir a favor dela”, explica.

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Saber das notícias

O day trader relata que a primeira atividade que faz ao começar o dia é antes de tudo ver as notícias. “Não dá para operar índice sem saber quais notícias vão ter no dia e os impactos que elas têm”, afirma.

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Ele diz que não se posiciona 5 a 10 minutos antes de sair uma notícia de efeito no mercado. “As notícias de alto impacto vêm do mercado americano, em geral, que são 9h30 da manhã ou às 3 da tarde. Por exemplo, o dia de Payroll (dados de emprego nos EUA) a notícia sai às 9h30. Não opero antes porque é tiro, bomba, vale tudo”, justifica. Ele diz esperar o índice se adaptar a notícia recém-divulgada para começar a operar.

Rotina

O trader também não procura estar posicionado às 10 horas (horário de abertura do mercado no Brasil). Outra atividade diária que faz é às 10h30 olhar o S&P 500, para ver o que o índice está sugerindo para o dia.

“Me sinto seguro para operar 10h40, 10h45, até abaixar a liquidez por volta de 1 hora da tarde. E encerro. Se o dia não encerrou é porque não bati a meta. Espero então à tarde o volume (de negociações) voltar às 13h30, 14h”, conta.

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Mas reconhece que, em geral, quando opera à tarde porque não foi bem-sucedido no trade pela manhã, é mais difícil tem resultado positivo.

“Começo o dia com a mão leve (operar com pouco dinheiro). Crio uma gordura, mas se não conseguir cria-la, essa mão vai continuar leve. E também não aumento a mão de uma vez só”, ensina.

“Para quem quer começar no trade, precisa primeiro de um bom curso. Não dá para ser autodidata. Precisa ter mentoria, estudar, aprender”, afirma.

Já para quem está no mercado há algum tempo, ele considera importante estabilizar o operacional, sabendo que terá sempre altos e baixos pela frente.

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