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Petrobras (PETR3, R$ 12,81, +5,69%;PETR4, R$ 9,77, +3,28%)
As ações da Petrobras disparam nesta segunda-feira marcada também por forte alta do petróleo no mercado internacional. A sessão conta também com vencimento de opções sobre ações na Bovespa. Lá fora, o petróleo brent registrava ganhos de 2,20%, a US$ 48,88 o barril, após o Goldman Sachs dizer que mercado passou para deficitário mais cedo que o previsto.
No radar da estatal, a Petrobras prevê saldo final de caixa de 21 bilhões de dólares em 2016, ante 26 bilhões de dólares no início do ano, de acordo com fluxo de caixa apresentado pela empresa a analistas e investidores na sexta-feira, durante comentários sobre o balanço do primeiro trimestre. No fluxo de caixa deste ano, a Petrobras prevê desembolsos de 19 bilhões de dólares em investimentos, e estima 6 bilhões de dólares em garantias judiciais.
A empresa, que não espera pagar dividendos, apontou ainda que deverá somar 1 bilhão de dólares em captações neste ano, 14 bilhões de dólares em desinvestimentos, além de 1 bilhão de dólares em rolagens. Para o final de 2017, o diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, disse esperar que a estatal termine com caixa semelhante ao deste ano.
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Vale e siderúrgicas
As ações de Vale e siderúrgicas registram fortes ganhos nesta sessão apesar da leve queda do preço do minério, de 0,37%, a US$ 54,34 a tonelada métrica. As bolsas chinesas subiram nesta segunda-feira após o regulador do mercado negar notícias da mídia de que estaria se opondo a captações de recursos e fusões e aquisições em certos setores, o que ajudou a compensar dados econômicos fracos de abril. Além disso, as ações dos pares do setor de mineração sobem no exterior, caso de BHP Billiton, que está no campo positivo após o Credit Suisse elevar o preço-alvo da ação e da Anglo American.
Entre as maiores altas do Ibovespa apareciam as ações da Vale (VALE3, R$ 15,63, +6,47%; VALE5, R$ 12,66, +4,89%) e Bradespar (BRAP4, R$ 7,30, +4,58%) – holding que detém participação na mineradora -, além das siderúrgicas Usiminas (USIM5, R$ 2,24, +2,28%) e CSN (CSNA3, R$ 8,65, +2,98%).
No radar da Vale, a mineradora informou na noite de sexta-feira ter tomado conhecimento de uma ação civil, feita por associações indígenas, pedindo a suspensão do licenciamento ambiental do bilionário projeto S11D, em Canaã dos Carajás (PA). A empresa disse em comunicado que adotará todas as medidas necessárias para assegurar seu direito de defesa dentro dos prazos legais. Além da Vale, são alvos da ação a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As duas associações indígenas que entraram com a ação pedem a suspensão do licenciamento ambiental do projeto S11D até a realização de consulta às comunidades supostamente afetadas e o pagamento de 2 milhões de reais por mês por aldeia até a finalização dos estudos, de danos materiais a serem apurados em razão da não realização dos estudos e de danos morais no valor de 1 bilhão de reais. Foi indicado ainda como valor da causa o montante de 72,4 bilhões de reais.
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A Vale argumenta que os valores são “totalmente infundados, principalmente pelo fato de as comunidades em questão estarem localizadas a mais de 12 quilômetros do empreendimento”, e afirma que “realizou os estudos relacionados às comunidades indígenas e as audiências públicas exigidas por lei”.
Gerdau (GGBR4, R$ 6,41, -2,88%)
Depois de subir até 6% nesta manhã, as ações da Gerdau descolam do setor e desabam na Bolsa, juntamente com os papéis da Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,47, -4,40%), com o mercado aparentemente demorando a digerir a notícia desta manhã. Na mínima do dia, esses papéis chegaram a cair 4% e 5%, respectivamente.
Menos de 3 meses depois da deflagração da 6ª fase da Operação Zelotes, a Polícia Federal encaminhou, na tarde da última sexta-feira, o relatório final do inquérito que investiga a Gerdau por suspeitas de tentar sonegar R$ 1,5 bilhão. No total, foram indiciadas 19 pessoas, entre conselheiros e ex-conselheiros do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), advogados e membros da diretoria responsável da empresa investigada por sonegação.
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JBS (JBSS3, R$ 11,82, +12,57%)
Liderando os ganhos do Ibovespa nesta sessão, as ações da JBS acumulam ganhos de 30% nos últimos 3 pregões, após a empresa ter anunciado que vai transferir ativos responsáveis por 80% de seu faturamento para uma nova empresa com sede na Irlanda. A companhia também vai abrir o capital na Bolsa de Nova York e, com as duas ações, ter mais acesso ao mercado financeiro internacional.
Na semana passada, após o comunicado da empresa, o HSBC soltou um relatório ressaltando visão positiva para a empresa. “Esse passo pode promover uma importante geração de valor para a empresa, assim como outras no setor”, destacou o banco. Os analistas citam que, com o novo conselho, a companhia elimina o maior risco de sua atividade de hedge e reduz os descontos gerados pela governança e risco País. Eles reiteraram compra para as ações. “A JBS deve aparecer para uma grupo maior de investidores se a proposta for executada corretamente”, disseram.
Cemig (CMIG4, R$ 6,17, -1,28%)
A Cemig cai após divulgar os resultados do primeiro trimestre. A estatal mineira fechou o período com lucro líquido de 5,2 milhões de reais, redução de 99,65 por cento sobre o lucro de 1,5 bilhão de reais no mesmo período do ano passado, informou a companhia na sexta-feira. A receita líquida da Cemig caiu para 4,5 bilhões de reais, ante 5,8 milhões de reais um ano antes.
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No período, a despesa financeira da Cemig saltou 50,87 por cento ante o mesmo período de 2015, para 412,5 milhões de reais, repercutindo em parte o aumento dos juros sobre a dívida. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da Cemig caiu 75 por cento ano a ano e encerrou o trimestre em 643,3 milhões de reais.
A Cemig atua em geração, distribuição e comercialização de eletricidade e tem participação em empresas de energia como a Renova, de geração renovável, e a Taesa, de transmissão, além de negócios em distribuição de gás natural e telecomunicações. Segundo o BTG, o resultado foi mais fraco que o esperado, em parte por conta de previsões mais altas, enquanto o destaque ficou para a distribuição, por conta de custos melhores do que o esperado, mas com geração e transmissão abaixo do esperado.
Positivo (POSI3, R$ 1,44, +8,27%)
A Positivo sobe forte após os números do primeiro trimestre. A companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 16,1 milhões no primeiro trimestre de 2016, ante prejuízo de R$ 10,2 milhões no mesmo período do ano passado. A receita líquida, por sua vez, somou R$ 375,6 milhões, queda de 16,9%. O Ebitda ajustado somou R$ 29,9 milhões, alta de 4,3% na comparação anual.
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JHSF (JHSF3, R$ 1,42, -1,39%)
A ação da JHSF registra queda de mais de 1%; a companhia teve prejuízo líquido de R$ 37,2 milhões no primeiro trimestre de 2016, depois de ter registrado lucro líquido de R$ 1 milhão no mesmo período do ano passado.
O Ebitda foi de R$ 37,2 milhões no primeiro trimestre de 2016, queda de 51% sobre o resultado de 75,8 milhões um ano antes.
Arteris (ARTR3, R$ 9,90, -0,30%)
A ação da Arteris opera próxima à estabilidade, após a companhia registrar lucro líquido de R$ 13,5 milhões no primeiro trimestre, queda de 76,2% na comparação anual, enquanto a receita líquida somou R$ 877,3 milhões, queda de 4,5%. O Ebitda ajustado subiu 10,1%, a R$ 402,773 milhões, enquanto a margem Ebitda teve baixa de 2,8 pontos percentuais, a 57%.
BR Malls (BRML3, R$ 12,22, -2,86%)
A BR Malls registra queda após o balanço do primeiro trimestre. A companhia teve lucro líquido de 130,7 milhões de reais no primeiro trimestre, ante prejuízo de 132,7 milhões de reais um ano antes, informou nesta sexta-feira a administradora de shoppings centers.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 6,5 por cento na comparação anual, a 244,058 milhões de reais no período.
Segundo o BTG Pactual, o resultado da BR Malls foi fraco, por conta de despesas financeiras maiores, que levaram FFO ( Fluxo de Caixa Operacional, na sigla em inglês) para perto de zero (versus R$ 65 milhões esperados). A venda nas mesmas lojas ficaram em linha com esperado, enquanto a vacância ficou estável, mas a inadimplência subiu 130 pontos-base na comparação anual, para 5,7%.
Educacionais
A ação da Estácio (ESTC3, R$ 11,26, -0,35%) foi elevada de neutra para outperform pelo Bradesco BBI e fica próxima à estabilidade; já a Kroton (KROT3, R$ 11,53, -0,95%), que teve sua recomendação rebaixada pelo mesmo banco, de outperform para neutra, registra baixa de cerca de 1%.
B2W (BTOW3, R$ 10,40, +9,94%)
Depois de cair 31,5% nos últimos sete pregões, as ações da B2W tem dia de fortes ganhos nesta sessão. O forte movimento de alta vem após um anúncio não tão comemorado por bancos e corretoras. A empresa informou na sexta-feira que seu conselho de administração aprovou um aumento de capital de R$ 823 milhões com emissão de ações ao preço de R$ 10,00 cada (20% abaixo da média dos preços dos últimos 15 pregões). A Lojas Americanas (LAME4, R$ 14,60, +1,96%) garantiu que vai exercer a subscrição proporcional ou até o total das ações que não forem subscritas pelos acionistas atuais.
Para os analistas do Credit Suisse, o nível de preço junto com as perspectivas de geração de caixa não muito favoráveis não devem atrair para o acionista minoritário e a Lojas Americanas deve acabar subscrevendo a transação quase que completamente. Eles lembram que esse é o terceiro aumento de capital em quatro anos (R$ 2,4 bilhões em 2014 e R$ 1 bilhão em 2011).
Segundo cálculos do Credit, a participação da Lojas Americanas na B2W aumentaria para 66,37% caso fizesse a subscrição total e a operação deve ser concluída no final de junho. Os analistas comentam ainda que a injeção de capital vai dar um alívio momentâneo, no entanto, a B2W precisa continuar investindo em sua plataforma digital, o que deve fazer com que o fluxo de caixa livre seja positivo apenas em 2 anos.
Os analistas notam também que a B2W deixou espaço para novos aumentos de capitais ao pedir aprovação dos acionistas para alterar o parágrafo do estatuto em que limita o número máximo de ações ordinárias. A empresa quer aumentar o limite para 450 milhões de ações, contra 320 milhões atualmente ou 340 milhões após o aumento de capital.
Para eles, no curto prazo, a falta de geração de caixa da B2W deve continuar sendo um peso para as duas ações e o consenso de projeção de lucros deve ser revisado para baixo. Para os investidores menos preocupados com a liquidez, podem começar a olhar para LAME3 que está negociando a um desconto exagerado (de quase 30%), comentam.
O BTG Pactual destacou que segue com visão cautelosa para a empresa, acreditando que ela esteja “comprando tempo”, mas uma melhora operacional é fundamental para a companhia ser sustentável no longo prazo. Os analistas ressaltaram que seguem acompanhando de perto uma eventual melhora no resultado para ficarem mais positivos.
Gol (GOLL4, R$ 2,99, +0,67%)
A companhia aérea Gol informou que a consultoria Morten Beyer & Agnew avaliou em 223 milhões de dólares a garantia oferecida a investidores que participarem de troca de bônus proposta pela companhia. A garantia é formada por peças sobressalentes, utilizadas na operação da frota composta por aeronaves Boeing 737-700 e 800 Next Generation, afirmou a empresa esta segunda-feira.
Na sexta-feira, a Gol informou que sua subsidiária LuxCo vai pagar comissão para corretores que convencerem os credores da companhia aérea a trocar bônus antigos por novos com grande desconto. Os corretores receberão 2,50 dólares por cada 1 mil dólares do montante principal dos bônus antigos que forem ofertados e aceitos na troca dos títulos. Sob os termos da proposta, a Gol sugeriu trocar até 780 milhões de dólares em bônus sem garantias no mercado norte-americano e com vencimentos que vão de 2017 a 2023, além de um bônus perpétuo, por títulos novos com garantia e vencimentos em 2018, 2022 e 2028.
Detentores de bônus que desejem aproveitar prêmio oferecido pela companhia deverão participar da oferta de troca até terça-feira. Mais cedo neste mês, grupo de detentores de bônus da companhia aérea rejeitou proposta da empresa para troca dos títulos denominados em dólar, argumentando que a proposta prevê concessões significativas sem fornecer informações suficientes sobre a empresa.
Guararapes (GUAR3, R$ 54,81, -2,06%)
A ação da Guararapes, empresa dona da marca Riachuelo, cai após o resultado. A empresa registrou queda de 87% no lucro, que passou de R$ 84,9 milhões para R$ 11,1 milhões. A receita líquida, por sua vez, subiu 10,6%, atingindo R$ 1,2 bilhão. O Ebitda ajustado somou R$ 86,3 milhões, queda de 50,8%, enquanto as despesas operacionais por loja subiram 3,3%.
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