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O Bradesco BBI revisou as suas avaliações para o setor de shoppings e fez uma análise sobre o recente desempenho positivo dos papéis da Multiplan (MULT3), que levou os analistas a colocarem a Allos (ALOS3) de novo como a sua preferência entre as companhias.
O banco aponta que, com o fim do período de exclusividade da Multiplan Participações (MPAR), veículo de investimento da família de José Isaac Peres, para comprar a participação de 18,52% do Ontario Teachers’ Pension Plan (OTPP), fundo de pensão do Canadá, na Multiplan, o BBI vê os resultados mais prováveis variando de neutros a ligeiramente positivos para MULT3, mas o forte desempenho recente do papel em relação aos pares parece precificar os melhores cenários. Em junho, cabe lembrar, o OTPP informou sua intenção de vender toda a sua participação acionária na companhia brasileira (na ocasião, 18,52% do total das ações).
O banco aponta três cenários: “1) nada acontece (neutro); 2) um novo parceiro se junta ao acordo, substituindo total ou parcialmente o OTPP (neutro a ligeiramente positivo); 3) a MPAR adquire a participação do OTPP (positivo)”.
Segundo o relatório, a hipótese positiva está principalmente relacionada à remuneração potencialmente maior aos acionistas, que deve se materializar por meio de uma combinação de dividendos (até R$ 2,5 bilhões em pagamentos extraordinários e recorrentes) e recompras de ações (no mercado ou diretamente do OTPP, supondo que a Multiplan encontre uma estrutura de negócio adequada para tornar essas aquisições compatíveis com a regulamentação sobre transações entre a empresa e seus acionistas controladores).
Para BBI, o único resultado potencialmente negativo seria Peres adquirindo a participação total e vendendo uma parte relevante no mercado, mas o banco vê baixa probabilidade de que isso aconteça em uma estrutura não organizada a ponto de criar uma pressão vendedora para as ações Multiplan.
Allos (ALOS3): por que a principal escolha?
O BBI disse ainda ver todos os nomes do segmento de shoppings com avaliação atrativa, mas favorece o equilíbrio da Allos entre avaliação descontada e retorno aos acionistas de R$ 1,1 bilhão (rendimento de 8,7%), dos quais aproximadamente 60% em dividendos e 40% em recompras.
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Em termos de avaliação, após o recente desempenho inferior, o BBI vê a ação da Allos sendo negociada a um atrativo Preço/fluxo de caixa operacional (FFO) de 8,4 vezes para 2025, um desconto de 24% para Multiplan, o que classifica como excessivo.
Olhando para futuro, a equipe de análise do banco espera a Allos que continue pagando bons dividendos (assumindo um dividend yield de 5,5% a 6% nos próximos anos, payout de 50%).