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A temporada de resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) será a primeira que apresentará os efeitos causados pelas enchentes do Rio Grande do Sul que arrasaram o estado, principalmente no mês de maio.
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Dentre as companhias afetadas, a Iguatemi (IGTI11) deve ser impactada. Apesar disso, analistas consideram que os dados venham positivos e a companhia seja destaque positivo no 2T24. O setor num todo deve apresentar vendas de lojistas crescentes, além de boa taxa de ocupação. O cenário deve seguir positivo para shoppings centers brasileiros.
Multiplan – 25 de julho
A Multiplan (MULT3) abrirá a temporada de resultados do 2T24 para o setor de shoppings e propriedades. Na análise da XP, o resultado trará vendas sólidas, com crescimento em dígito alto. Mesmo com impacto sofrido pela enchente no RS. A receita de alugueis deve se manter estável também, impactada pelo efeito do reajuste do IGP-DI (que veio próximo a zero).
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A projeção da receita líquida da companhia é de R$ 513 milhões, com aumento de 2% no ano, mesmo considerando base de comparação mais forte no primeiro trimestre deste ano. De acordo com a análise, o 1T24 foi marcado por receitas mais altas relacionadas à mídia.
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A expectativa é de despesas de propriedades mais saudáveis na comparação anual. A XP estima receita líquida em R$ 513 milhões, com alta anual de 2%. O BTG Pactual projeta lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, em inglês) de R$ 395 milhões, com alta de 7% na comparação anual.
Iguatemi – 6 de agosto
A XP estima que a Iguatemi apresente sólidas vendas de lojistas tanto em abril quanto em junho. O crescimento seria próximo a 10% na comparação anual em abril. Por isso, mesmo com impacto moderado causado pelas enchentes, deve haver compensação suficiente para permitir crescimento em dígito alto no trimestre.
Em paralelo a isso, a receita deve apresentar crescimento de aluguel em 1%, na comparação anual, com sólido aumento de taxa de ocupação. A receita líquida, por sua vez, deve crescer para R$ 317 milhões, alta de 4% em relação ao 1T24 e de 3% comparado com ano anterior. O Ebitda deve ficar em R$ 228 milhões, +9% em relação ao 2T23. O FFO (sigla em inglês para funds from operations, em tradução livre “fundos provenientes de operações”), métrica mais utilizada para o setor, deve ter alta anual de 19%, em R$ 153 milhões.
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A projeção do BTG Pactual é de FFO de R$ 155,1milhões, com alta de 27% na comparação anual. A receita deve ficar em R$ 549 milhões enquanto o Ebitda ajustado tem projeção de R$ 230 milhões, com alta de 14% ao ano.
Allos – 13 de agosto
A XP prevê um desempenho positivo nas vendas dos lojistas para a Allos (ALOS3) no 2T24, com um crescimento de um dígito médio em relação ao 2T23, apesar das comparações potencialmente desafiadoras ano a ano com as vendas de abril, devido à mudança da Páscoa para março em 2024.
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Dentre os pontos positivos do balanço, está também a taxa de ocupação mais alta ano a ano, de 96%. Na comparação trimestral, no entanto, há expectativa de ligeira queda de 30 bps, refletindo a estratégia de qualificação do mix de lojistas da Allos.
A receita líquida deve apresentar queda de 5% na comparação anual, segundo a XP, atingindo R$ 614 milhões, resultante da conclusão de vendas de ativos, e pelo impacto ainda pressionado do reajuste do IGP-M. Além disso, a XP estima que a margem Ebitda diminua para 72,0%, devido à normalização do nível de provisões para remuneração variável.
“Em suma, mesmo com uma ligeira diminuição da receita líquida e da margem Ebitda em comparação com o 2T23, ainda vemos um crescimento razoável do FFO de 6% A/A, impulsionado por menores despesas financeiras”, considera o Research da XP.
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O BTG estima crescimento de 5% nas vendas em mesmas lojas, receita líquida de R$ 626 milhões e Ebitda 7% menor na comparação anual, em R$ 438 milhões.