MRV&Co mostra melhora operacional em prévia; MRVE3 fecha estável após alta forte

Construtora relatou uma melhora nos lançamentos e vendas, mantendo margens sólidas em novos negócios

Felipe Moreira

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A MRV&Co (MRVE3) divulgou na noite da última segunda-feira (13) sua prévia operacional do quarto trimestre de 2024 que foi considera positiva pelo mercado e chegou a impulsionar as ações para uma alta superior a 5%. Contudo, o ativo MRVE3 fechou com leves ganhos, de 0,19%, a R$ 5,20.

O Itaú BBA destaca que a empresa relatou uma melhora nos lançamentos e vendas, mantendo margens sólidas em novos negócios, apesar da aceleração do INCC. Além disso, segundo BBA, a MRV também registrou fluxo de caixa positivo na Resia, liderado pelas vendas de ativos que foram divulgadas anteriormente no final de 2024.

O Bradesco BBI avaliou os números como positivos, com destaque para a geração de caixa nas operações de desenvolvimento brasileiras atingiu R$ 422 milhões no final de 2024, superando a orientação da empresa em R$ 22 milhões, impulsionada pelos R$ 2,2 bilhões de recebíveis de vendas em 2024.

O BBI também pontua que a MRV registrou fortes números de lançamento e vendas no 4T24 e no final de 2024, atingindo a marca de R$ 10 bilhões no ano, bem como sua margem bruta em novas vendas permaneceu estável, refletindo o cenário de inflação mais alta.

A MRV continuou a mostrar uma tendência positiva na frente operacional, e BBI espera ver uma geração de caixa operacional positiva – excluindo venda de recebíveis – nos resultados do 4T24 para confirmar isso.

Por outro lado, embora a avaliação pareça atraente em termos absolutos em 0,4 vez Preço/Valor Patrimonial, o BBI acredita que um desempenho superior significativo dependerá de eventos que possam reduzir a complexidade da tese de investimento (por exemplo, na cisão da Resia e na melhoria adicional na geração de caixa).

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O BTG Pactual, por sua vez, comenta que os resultados operacionais do quarto trimestre foram sólidos, com fortes lançamentos e vendas no Brasil. Contudo, o fluxo de caixa decepcionou, uma vez que a empresa cumpriu seu guidance para o ano de 2024, mas com vendas de recebíveis muito mais altas do que o inicialmente previsto (o que significa que a geração de caixa operacional foi mais fraca do que o esperado).

A equipe de analistas do BTG disse gostar das iniciativas da MRV para reduzir o tamanho de suas operações nos EUA (Resia) e desalavancar, mas o cenário macro se deteriorou muito recentemente, e as taxas de juros mais altas podem prejudicar seus resultados e a geração de caixa.

De maneira geral, à primeira vista, o Goldman Sachs avalia que foi um trimestre melhor do que os recentes, embora o alto nível de endividamento continue sendo uma preocupação para a empresa. Com isso, espera uma reação neutra a positiva das ações. A

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Segundo Goldman, a geração de caixa da Resia foi positiva, ajudada pela venda de ativos no valor de R$ 474 milhões, previamente anunciada, gerando R$ 75 milhões em caixa. “Embora a construtora brasileira (MRV Inc.) tenha mostrado uma geração de caixa de R$ 266 milhões, quando ajustado para swaps e vendas de recebíveis, o resultado seria uma leve queima de caixa de cerca de R$ 7 milhões”, pontua o banco americano.

Com relação às recomendações, o BBA, BBI e BTG mantiveram recomendação de compra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 10, R$ 15 e R$ 17. O Goldman Sachs, por sua vez, reiterou classificação neutra e preço-alvo de R$ 8.