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A Movida (MOVI3) divulgou seus números do segundo trimestre de 2024 (2T24), com números considerados fortes pelos analistas, baseado no aumento de tarifas. Com isso, às 10h27 (horário de Brasília) desta quarta-feira (7), os ativos saltavam 12,22%, a R$ 7,07.
A companhia reportou lucro líquido de R$ 42,5 milhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o prejuízo líquido de R$ 17,9 milhões registrado no mesmo período de 2023, conforme divulgação realizada no período da noite da terça-feira, 6, após o fechamento do mercado financeiro. No critério ajustado, a cifra atingiu R$ 80,1 milhões ante um resultado negativo de R$ 15,5 milhões um ano antes.
Entre abril e junho, o Ebitda consolidado somou R$ 1,149 bilhão. A cifra, recorde para a companhia, representa crescimento de 29,2% quando comparado ao mesmo intervalo de 2023 e superando a projeção do mercado em 8%.
A receita líquida, também recorde, somou R$ 3,4 bilhões, alta anual de 38,6%. No segmento de locação (RAC), a receita líquida cresceu 30% ano contra ano, para R$ 1,6 bilhão. Em GTF, a cifra somou R$ 816 milhões, 46,2% acima do segundo trimestre de 2023.
A alavancagem encerrou o trimestre estável em 3,2 vezes dívida líquida/Ebitda, nível que a companhia considera saudável frente ao atual cenário. Caso atualizassem o Ebitda do período, a alavancagem seria de 2,8 vezes.
A Movida divulgou a projeção de atingir um yield médio mensal da frota operacional no segmento RAC de 4,2% ao mês em 2024. No segundo trimestre, chegou a 4% ante 3,5% um ano antes.
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Depreciação
A média de depreciação em RAC foi de R$ 6,4 mil por carro ao ano, com uma depreciação dos novos carros entre 8,0% e 9,0% ao ano. “Esse valor está em linha ao do trimestre anterior, atingindo um patamar saudável”, afirma a empresa no release de resultados.
A Movida explica que o resultado reflete o preço médio de aquisição da frota sendo implantada de R$ 75,7 mil por carro frente a R$ 81,4 mil por carro sendo desmobilizada, sendo a combinação de um tíquete médio mais baixo e melhores condições comerciais com as montadoras.
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Em GTF, a depreciação anualizada por carro operacional foi de R$ 8,9 mil, refletindo a renovação da frota com a venda de carros de cerca de 3 anos de idade. As taxas de depreciação recorrentes dos novos contratos, considerando as operações de GTF B2B, CS Frotas e Carro por Assinatura, estão na média entre 8,0% e 10,0% ao ano.
Análises
A Genial aponta que a Movida apresentou resultados positivos que superaram tanto as nossas expectativas quanto as do mercados. Os números foram impulsionados pelo bom desempenho no segmento de locação, refletido na expansão de receita e na forte margem Ebitda no segmento, e por um volume de venda de carros maior do que o esperado. Esse bom desempenho em locação, ajudou a compensar a queda de margem bruta de seminovos e fez com que a Movida superasse a projeção de lucro.
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“Outra mensagem importante é que a companhia está muito aderente ao guidance divulgado no começo do ano. Neste trimestre, a Movida ficou acima de todas as metas estipuladas: aumentando de tarifa com redução do ticket médio da frota (expansão do yield), reduzindo os descontos na venda de seminovos, tanto no atacado quanto no varejo, e alocando de mais capital no GTF do que no RAC”, avalia a casa de análise.
A XP também destacou o aumento de tarifa, com um desempenho positivo em 10% no Rent-a-Car (RaC) anualmente, com a gestão focada na recomposição de yields para melhorar os níveis de rentabilidade.
Prio: lucro líquido soma US$ 272 milhões no 2º trimestre
A receita líquida foi de US$ 727,56 milhões no trimestre, valor 37% superior a igual período de 2023, reflexo do aumento de 19% das vendas da companhia, assim como do petróleo tipo Brent, que apresentou alta anual de 9%
GPA tem prejuízo líquido de R$ 332 mi no 2º trimestre
O prejuízo líquido descontinuado alcançou R$ 60 milhões, principalmente devido ao impacto das contingências trabalhistas do Extra Hiper, que teve os pontos comerciais vendidos ao Assaí
Adicionalmente, a Genial ressalta ser crucial destacar que a Movida vem ajustando o mix da frota, reduzindo o preço médio em comparação com a FIPE. Neste trimestre, houve mais uma queda no ticket médio da frota, chegando próximo dos R$76 mil, em comparação com R$77,2 mil no 1T24, aumentando para 55% a concentração do mix de carros em veículos básicos. Houve ainda aumento de tarifa. O mix mais básico traz diversos benefícios, como menor depreciação e menores custos de manutenção, contribuindo para a manutenção de margens elevadas no segmento de locação.
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A Genial ressalta enxergar as ações de Movida negociando a um múltiplo de preço sobre o lucro de 13,5 vezes para 2024, inferior às empresas comparáveis. A recomendação segue de compra, com preço-alvo de R$ 13,00.
nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 11,00, com base em: 1) caminhando para atingir uma meta de spread do RoIC de 4pp a 7pp; 2) MOVI3 negociando a 5,4x o múltiplo P/L esperado para 2025, um desconto de 47% em relação aos pares e 0,8x o EV/valor da frota; e 3) expectativa de recuperação dos preços dos carros usados no Brasil, que deve sustentar a taxa de depreciação do segmento RAC (aluguel de veículos) em 8%-9%.
(com Estadão Conteúdo)