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A locadora de carros Movida (MOVI3) registrou um lucro líquido de R$ 21,0 milhões no primeiro trimestre de 2023, apresentando queda de 91,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
De acordo com a companhia, o lucro foi impactado pelo aumento das despesas financeiras em decorrência da elevação das taxas de juros e do nível da dívida bruta da companhia.
A receita líquida foi de R$ 2,7 bilhões no 1T23, apresentando alta de 41,9% na comparação com o 1T22. A alta é justificada pelo aumento da frota em aluguel de carros (RAC) e gestão de frotas (GTF), do maior volume de carros vendidos e da evolução do ticket médio em todas as linhas de negócios.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) atingiu R$ 875,3 milhões no 1T23, apresentando crescimento de 1,4% na comparação com o 1T22.
Em relatório, a XP destacou que a Movida reportou resultados fracos, embora o lucro líquido tenha surpreendido positivamente, uma vez que a projeção da casa era de prejuízo de R$ 26 milhões.
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As principais surpresas foram: (i) margem Ebitda de Seminovos acima do esperado (ambos nos níveis de Custo de Produtos Vendidas e despesas administrativas) de 5,9% (+3,9 pontos percentuais versus sua estimativa de 2,0%, caindo apenas 1,6 ponto na base trimestral); e (ii) cerca de R$ 14 milhões de exclusões fiscais que resultaram em alíquota de impostos positiva.
“Embora a alta depreciação e os resultados financeiros líquidos continuem prejudicando os resultados, damos as boas-vindas aos esforços de recuperação anunciados recentemente pela empresa e reiteramos nossa classificação de compra”, apontaram os analistas da casa.
A XP aponta também entre os destaques positivos: (i) RaC, que apresentou melhor margem Ebitda no trimestre (+3,5 p.p. ante o 4T22) apesar de receita mais fraca (receita líquida -3% ao ano, com volumes estáveis e tarifas em queda em sazonalidade mais fraca); (ii) forte desempenho operacional em Aluguel de Frotas (receita +9% ante 4T22) com: (a) tarifas +9% após a continuidade da estratégia de reprecificação; e (b) volumes estáveis no trimestre; (iii) Margem Ebitda de Seminovos normalizando de forma mais gradual do que esperavam, atingindo 5,9% (+3,9 pontos versus estimativa da casa de 2,0% e caindo apenas 1,6 p.p. na base trimestral); e (iv) a posição de dívida líquida geral diminuiu como consequência da estratégia de redução de frota da empresa (dívida líquida + fornecedores caiu R$ 736 milhões, queda de 5,6% no trimestre, para R$ 12,3 bilhões).
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Entre os pontos negativos, o (i) menor crescimento implica em escala relativa menor em relação à concorrência (redução líquida da frota de – 11 mil carros na base trimestral, com RaC respondendo por -13 mil carros), em um esforço para ajustar o desempenho operacional; (ii) fraco desempenho de receita no RaC (-3% no trimestre), com (a) crescimento de volume de 2%, em parte devido ao aumento de 1,8 p.p. nas taxas de utilização. T/T; e (b) redução tarifária de 5% (parcialmente em linha com a sazonalidade do trimestre); (iii) níveis de depreciação ainda elevados (a) para RaC, estável versus níveis recordes do 4T22 (em R$ 10,2 mil/carro ao ano); e (b) para Aluguel de Frotas, +12% no trimestre (R$ 4,2 mil/carro ao ano).