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A Movida (MOVI3) reverteu lucro e apresentou prejuízo ajustado de R$ 104,5 milhões no 4º trimestre de 2023. Após esses dados, o Bradesco BBI realizou pesquisa com investidores questionando quando a companhia voltaria a lucrar – e as estimativas são positivas para a Movida.
De acordo com a pesquisa do BBI, investidores estimam que a companhia deve lucrar R$ 223 milhões em 2024. O valor foi revisado, porém, para baixo em relação ao estimado em pesquisas anteriores. A explicação seria o aumento de despesas de depreciação na própria frota da Movida, que é 35% composta por veículos com depreciação mais altas (entre 12,5% a 13,5% ante 7,5% a 9,5% para o resto da frota).
O banco projeta, no entanto, uma queda da taxa média de depreciação para 8 a 9%, em comparação com os 10,3% observados no 3T23. Isso aconteceria como reflexo da deterioração de R$ 391 milhões observada a frota no 4T23, em especial no percentual de carros com taxas mais elevadas de depreciação. Esse aspecto, somado à revisão da estimativa de lucro líquido já realizada, tornaria os resultados mais ancorados com as expectativas.
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Apesar disso, as boas notícias para o setor podem vir a partir do meio de 2024, segundo o banco. O BBI projeta um ponto de virada para ações de aluguel de carros brasileiras, movidas por taxas de juros mais baixas. Com a Selic em menor patamar, seria possível esperar que as despesas financeiras viessem mais baixas e os preços de carros usados fossem impulsionados.
A companhia negocia, hoje, a 13 vezes o preço sobre lucro (P/L) para fim de 2024, muito próximo à sua média histórica, de acordo com o consenso de investidores. Mas, para o BBI, o cálculo é ainda mais vantajoso, com desconto de 34% em relação à média histórica.
Nas contas do banco, os papéis sairiam a 9,5 vezes o P/L para fim de 2024. Por isso, a recomendação para Movida segue como outperform (desempenho superior, similar à compra), com preço alvo estabelecido em R$ 12,00.