Publicidade
A incorporadora Moura Dubeux (MDNE3) fechou o segundo trimestre de 2024 com expansão dos lançamentos e das vendas na comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com relatório operacional prévio divulgado nesta terça-feira, 9.
As vendas e adesões líquidas chegaram ao recorde de R$ 491,5 milhões no segundo trimestre deste ano, correspondente a um aumento de 40,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.
No primeiro semestre, as vendas líquidas foram a R$ 863,6 milhões, crescimento de 27,6%. A velocidade de vendas chegou a 46,5% nos últimos 12 meses até junho, aumento de 2,8 pontos porcentuais na comparação anual.
Continua depois da publicidade
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
O resultado foi considerado muito positivo pelo presidente da Moura Dubeux, Diego Villar. “Foi o recorde de vendas para qualquer trimestre da história da companhia”, ressaltou, em entrevista. “Isso é devido à consistência dos produtos. Quando tivemos ousadia em lançar mais, o mercado respondeu, comprando mais”, disse. Villar justificou ainda que a Moura Dubeux não tem concorrentes com a mesma escala na Região Nordeste, e que os estoques de imóveis novos disponíveis para venda estão baixos, o que favorece as vendas do grupo.
O volume de vendas foi puxado pelo segmento de alto padrão, que respondeu por 46,2% dos valores movimentados no trimestre. Em seguida, vieram os setores de médio padrão (25,5%), os imóveis de praia, chamados de “Beach Class” (15,3%), enquanto a linha mais econômica, chamada de “Mood” respondeu por 13,0% dos negócios. O quadro mostra que a Moura Dubeux se posicionou para atender o público de maior poder aquisitivo, que resiste melhor a períodos de juros altos, como os atuais.
Continua depois da publicidade
A companhia teve distratos de R$ 51,1 milhões no segundo trimestre, alta de 21,2% na comparação anual. Os distratos representaram 9,4% das vendas no trimestre, recuo de 1,3 pp na comparação anual.
Os lançamentos da incorporadora atingiram R$ 637,3 milhões no segundo trimestre de 2024, crescimento de 7,3% em relação ao mesmo período de 2023. A companhia lançou quatro empreendimentos, espalhados pelas cidades de Recife, Aracaju, Salvador e Fortaleza, totalizando 871 apartamentos.
No acumulado do primeiro semestre de 2024, os lançamentos totalizaram R$ 984,1 milhões, expansão de 16,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Continua depois da publicidade
A companhia adquiriu sete terrenos, com vistas a dar suporte ao crescimento dos negócios futuros, bem como se posicionar nas localidades de maior demanda. Ainda assim, a companhia apresentou geração de caixa de R$ 18,7 milhões no trimestre, ajudada pelas vendas fortes e evolução das entregas de obras.
A Moura Dubeux também abriu as pré-vendas do complexo imobiliário de luxo que ficará no local onde funcionava o Bahia Othon Palace, em Salvador. O lançamento ocorrerá só neste terceiro trimestre, e as reservas já foram praticamente esgotadas, segundo Villar. “Devemos ter mais um trimestre forte de vendas”, previu.
Por que não crescer mais?
Apesar das vendas em alta e da baixa concorrência, a Moura Dubeux não cresce ainda mais por dois fatores. O primeiro deles é prioridade em manter a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) abaixo de 20%. No fim do primeiro trimestre, estava em 7,7%.
Continua depois da publicidade
O segundo ponto é o compromisso em voltar a distribuir dividendos, algo esperado para ser retomado no fim deste ano, segundo Villar. A expectativa – praticamente certa, segundo ele – é de zerar o prejuízo acumulado no balanço do segundo trimestre, possibilitando a retomada dos pagamentos aos acionistas.
“Queremos manter alavancagem de até 20% e pagar no mínimo R$ 100 milhões em dividendos. O excedente de caixa desses gatilhos é onde comportamos nossa capacidade de crescimento. E isso não é problema algum, é cautela”, afirma Villar.