Morgan Stanley revisa ações de educacionais e destaca as duas preferidas no setor

Banco rebaixou outros dois nomes de sua cobertura e cortou preço alvo de principais papéis do setor

Camille Bocanegra

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Parece que não será dessa vez que a recuperação do setor educacional virá, de acordo com o Morgan Stanley. Em revisão das recomendações do setor, o banco entende que o setor continuará com múltiplos baixos. A análise destaca que a sustentabilidade de demanda ainda é incerta e que a alavancagem dos players ainda persiste.
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A piora na regulação faz com que o ensino à distância fique ainda mais arriscado, segundo o banco. O momento atual é composto por mais regulamentação através do Ministério da Educação e Cultura (MEC), enquanto há ainda aguardo por uma regulação própria. O banco destaca que é possível que a nova legislação seja ainda menos favorável.

“Os catalisadores são escassos, a criação de valor depende de fusões e novas vagas em medicina. Os lucros são importantes, com desempenho atrelado à macroeconomia e ao número de matrículas”, considera o Morgan.

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No primeiro semestre, as perspectivas do setor foram consideradas deterioradas, considerando os pontos de incerteza tanto para o setor quanto para as empresas separadamente.


Reforço de apostas

Dentre as apostas do Morgan, estão a Cruzeiro do Sul (CSED3) que foi elevada de equal-weight (similar à neutro, em inglês) para overweight (similar à compra, em inglês) mas teve seu preço alvo reduzido de R$ 5,50 para R$ 5,00.

Cruzeiro do Sul aparece como uma das preferidas do Morgan junto com a Anima (ANIM3), mantida como overweight; o banco vê um ciclo favorável de geração de caixa e desalavancagem, apesar do potencial fraco de crescimento das matrículas no futuro e das taxas de juro persistentemente elevadas.

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Além disso, houve mais uma elevação de recomendação, apesar de não estar na lista de preferidas do banco. A Ser Educacional (SEER3), antes vista como underweight (similar à venda, em inglês), foi majorada para equal-weight. A educacional também teve seu preço cortado, de R$ 6,50 para R$ 6,00. A recomendação mudou considerando o melhor momento de lucros apresentado pela companhia, com processo de recuperação em 2024 com comparativos fáceis. Além disso, o banco destacou também os gatilhos de potencialmente novas vagas de medicina, para os dois nomes.


Nomes rebaixados

A estreante na Bolsa brasileira, Vitru (VTRU3) teve sua recomendação rebaixada por riscos regulatórios. A companhia passou de equal-weight, do overweight anterior. O banco também citou a relação de risco-retorno mais negativa após rali pós-listagem na B3. O preço foi reduzido também de R$ 20,00 para R$ 19,50.

A Vasta também passou por revisão tanto de preço quanto de classificação, com queda para underweight (do anterior equal-weight). A meta de preço foi para US$ 3,00, dos US$ 4,50 antes estimados.

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Setor mais barato

Outros nomes tiveram sua recomendação mantida mas os preços alvos foram revisados. Para Yduqs (YDUQ3), Cogna (COGN3) e Anima (ANIM3), os preços passaram de R$ 20,50 para R$ 14,50, de R$ 2,70 para R$ 2,00; e de R$ 6,00 para R$ 4,50, respectivamente.

Confira a revisão das recomendações e preços-alvo:

EmpresaRecomendação Preço-alvo
Cruzeiro do SulOverweight (de Equal-weight anterior)R$ 5,00 (antes R$ 5,50)
Anima Educação OverweightR$ 4,50 (antes R$ 6,00)
Vitru
Equal-weight (de Overweight anterior)
R$ 19,50 (antes R$ 20,00)
YduqsEqual-weightR$ 20,50 (antes R$ 14,50)
CognaEqual-weightR$ 2,00 (antes R$ 2,70)
Ser EducacionalEqual-weight (de Under-weight)R$ 6,00 (antes R$ 6,50)
AfyaEqual-weightR$ 19,00 (antes R$ 21,00)
VastaUnder-weight (de Equal-weight)R$ 3,00 (antes R$ 4,50)
Revisão de cobertura do setor educacional do banco Morgan Stanley