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Apesar da sensibilidade às taxas de juros mais altas, o Morgan Stanley defende que as operações das empresas de utilities (energia e saneamento) são relativamente protegidas à turbulência macroeconômica, pois o desempenho do setor é sustentado por retornos regulados, contratos ajustados à inflação e concessões de longo prazo.
Com base nisso, o banco apontou sua preferência pela ação da Sabesp (SBSP3), com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) seguida pela Eletrobras (ELET3), Equatorial (EQTL3), Copel (CPLE6) e CPFL (CPFE3), graças a suas avaliações atrativas, perspectivas sólidas de crescimento de lucros e geração de caixa.
Os analistas também apontam a exposição a catalisadores, incluindo eventos com potencial de resultados positivos em 2025, além de métricas atrativas, como turnaround e dividendos consistentes.
Por outro lado, o Morgan reduziu a recomendação de Egie (EGIE3) e Cemig (CMIG4) de equalweight (exposição em linha com a média do mercado, equivalente à neutra) para underweight (exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda), devido a avaliações relativamente menos atrativas e perspectivas de dividendos menos favoráveis, refletindo uma visão mais cautelosa sobre o setor como um todo.
O papel da Cemig teve o melhor desempenho de preço do setor nos últimos 12 meses, com alta de 29%, impulsionado por perspectivas de crescimento, melhorias operacionais e o yield de dividendos mais competitivo de 2024. Após esse rali, o Morgan vê o perfil de risco-retorno menos atrativo, com retorno esperado do capital próprio (IRR) de 10%. Além disso, os dividendos recorrentes devem cair para cerca de 6% após 2025.
Já a Engie possui um portfólio de ativos diversificado e de baixo risco, mas sua avaliação é considerada alta (10% IRR) com um viés limitado de alta para dividendos, em meio a um ciclo de capex elevado.
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Embora sensível às taxas reais mais altas — o que justifica avaliações mais baixas, refletidas em nosso cenário base por meio de um custo de capital maior —, as operações das empresas de utilidades são relativamente protegidas. Esse desempenho é sustentado por retornos regulados, contratos ajustados à inflação e concessões de longo prazo.
Confira as recomendações do Morgan Stanley para utilities: