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SÃO PAULO – Uma reunião entre entidades de classe e o Ministério do Meio Ambiente, renovou a moratória da soja por tempo indeterminado. Em vigor desde 2008, o acordo define que a soja vinda de áreas desmatadas não pode ser comercializada.
Segundo informações da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), a expectativa é que no futuro a moratória da soja venha a ser substituída por um sistema de monitoramento baseado no Cadastro Ambiental Rural (CAR), semelhante ao que será implementado para fornecer crédito agrícola a partir de maio de 2017.
Um levantamento feito pelo pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que de todo o desmatamento ocorrido no bioma Amazônia entre 2014/2015, 99,2% não tiveram como causa a sojicultura. O mapeamento da soja em áreas desmatadas do bioma Amazônia, divulgado hoje, conclui que no último monitoramento da Moratória da Soja (safra 2014/2015), foram identificados 28.768 hectares com a oleaginosa, que correspondem a 0,8% do desmatamento acumulado naquele bioma.
O presidente da Abiove, Carlo Lovatelli defende o cultivo da oleaginosa. “A soja não é um vetor relevante de desmatamento no bioma Amazônia”, afirma Lovatelli, que destacou o avanço do plantio de soja no Bioma, onde “a área dobrou, nos últimos seis anos, mas o total desmatado para o plantio de soja é de apenas 28.768 ha”.