Moedas globais: dólar recua ante maioria dos rivais, com expectativa por dados de inflação

As divulgações ao longo desta semana deverão sinalizar os próximos passos do bancos centrais destas economias em seu aperto monetário.

Estadão Conteúdo

Yuan, dólar e outras moedas globais vistas com lupa (Foto: Getty Images)
Yuan, dólar e outras moedas globais vistas com lupa (Foto: Getty Images)

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O dólar operou em baixa hoje ante a maioria das moedas rivais, em um cenário de intensa expectativa com a publicação dos índices de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, na zona do euro e no Reino Unido.

As divulgações ao longo desta semana deverão sinalizar os próximos passos do bancos centrais destas economias em seu aperto monetário.

Na contramão, o iene teve uma pequena desvalorização ante o dólar, em um cenário no qual a moeda japonesa segue desvalorizada, e renovou sua mínima desde outubro de 2022. Entre emergentes, a maioria dos ativos se desvalorizou ante o dólar, com exceção notável do peso chileno, que vem se enfraquecendo desde a última semana.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu 0,22%, aos 105,631 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 151,62 ienes, o euro avançava a US$ 1,0704 e a libra tinha alta a US$ 1,2281.

O analista da Oanda, Craig Erlam, afirma que os dados de inflação serão cruciais para definir os próximos passos dos BCs, especialmente por quanto tempo a política de juros restritivos será mantida. O CPI americano deve avançar 0,1% em outubro ante o mês anterior, o que representaria uma desaceleração, após o ganho mensal de 0,4% visto em setembro, segundo o Projeções Broadcast. Na comparação anual, o CPI deve desacelerar mais no índice cheio em outubro, para 3,3%, depois do avanço de 3,7% registrado em setembro. “Já no Reino Unido, espera-se que os efeitos de base se tornem muito mais, onde a inflação deverá ter caído de 6,7% em Setembro para 4,7% em outubro, segundo Erlam. “Embora isso ainda deixe o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) com um grande trabalho nas mãos, mais de metade disso, é um enorme passo na direção certa”, avalia.

No Japão, seguem especulações de que o governo japonês poderia ter efetuado uma intervenção no câmbio para estancar a queda da divisa local. O governo do Japão alertou repetidas vezes que está disposto a interferir no mercado caso necessário, mas até agora não confirmou nenhum tipo de ação no momento.

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Já a desvalorização do peso chileno a partir da última semana seguiu, desde quando o ativo caiu cerca de 4,5% ante o dólar. Por trás do processo, estão as perspectivas para o aperto monetário do BC local. Na semana passada, o CPI do Chile caiu para 5,0%, no menor nível desde agosto de 2021. Ao fim da tarde, o dólar avançava a 923,66 pesos, ante 913 da sessão anterior.