Ministro da Defesa da Coreia do Sul assume culpa por crise e renuncia ao cargo

“Embora a lei marcial tenha sido encerrada e a vida cotidiana tenha sido retomada, o cenário político e de segurança permanece crítico”, disse o ministro

Equipe InfoMoney

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O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, anunciou sua renúncia nesta quarta-feira (4), assumindo responsabilidade pelo caos político gerado pela recente declaração de lei marcial. Segundo a agência local Yonhap, Kim afirmou ter apresentado sua demissão ao presidente Yoon Suk-yeol e reconheceu que as ações militares sob sua liderança causaram inquietação entre os cidadãos.

Kim confirmou que ele próprio havia recomendado ao presidente a imposição da lei marcial, que provocou tumultos políticos e sociais no país. “Todos os soldados envolvidos no cumprimento das ordens agiram sob minha orientação. Toda a responsabilidade recai sobre mim”, declarou.

A declaração de lei marcial, já revogada, havia gerado controvérsia ao mobilizar tropas para a Assembleia Nacional, bloqueando temporariamente o acesso de parlamentares e evocando memórias de regimes autoritários do passado.

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Apesar da revogação da medida e do retorno à normalidade, Kim destacou os desafios enfrentados pelo país, tanto na política interna quanto na segurança nacional. “Embora a lei marcial tenha sido encerrada e a vida cotidiana tenha sido retomada, o cenário político e de segurança permanece crítico”, disse.

Kim também enfatizou o compromisso do Ministério da Defesa em manter a estabilidade e a prontidão militar. “Nosso exército continuará a apoiar a segurança nacional e a proteger os cidadãos, focando em suas missões fundamentais.”

A crise política na Coreia do Sul se agravou nos últimos dias, com a oposição apresentando um pedido de impeachment contra o presidente Yoon Suk-yeol, em resposta à declaração de lei marcial. A renúncia de Kim ocorre em um momento de intensa pressão sobre o governo, que enfrenta acusações de autoritarismo e decisões que polarizaram a sociedade.

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O desdobramento sublinha a delicada situação política e de segurança no país, enquanto líderes tentam lidar com a instabilidade causada pela crise.

(Com agências internacionais)